Alegações finais ao presumível homicida são lidas hoje
As alegações finais do caso do presumível homicida de S. João da Pesqueira, que terá matado duas mulheres e deixado feridas outras duas, em 2014, estão marcadas para a tarde de hoje, no tribunal Judicial de Viseu.
© DR
País S. João da Pesqueira
Manuel Baltazar, conhecido por "Palito", está acusado de ter disparado uma arma tipo caçadeira contra a filha e a ex-mulher (Sónia Baltazar e Maria Angelina Baltazar, que ficaram feridas) e duas familiares desta (a tia e a mãe, Elisa Barros e Maria Lina Silva, que morreram), em Valongo dos Azeites, S. João da Pesqueira, a 17 de abril de 2014.
Depois de terem estado marcadas para dia 11 de maio e terem sido adiadas devido à falta de avaliação dos danos com que terão ficado a sua ex-mulher e a filha, as alegações finais deverão ter início por volta das 14:30 de hoje.
Segundo a acusação, Manuel Baltazar disparou contra as quatro mulheres quando elas se encontravam a fazer bolos para a Páscoa. O primeiro disparo foi contra Elisa Barros, na região torácica e abdominal, e Sónia, que estava perto, também foi atingida numa mão.
Depois, ao avistar Maria Angelina vinda da cozinha, disparou na sua direção, atingindo-a na perna esquerda, o que levou Sónia a dirigir-se ao pai e a agarrar o cano da arma, para evitar que continuasse, acrescenta.
A acusação refere que Sónia caiu ao chão e, como não largou a arma, o pai arrastou-a cerca de quatro metros. Nessa altura, surgiu Maria Lina Silva, que ainda desferiu algumas pancadas com uma bengala no arguido, tendo depois Sónia largado a arma e fugido com a avó para o interior do anexo.
Quando as duas já estavam de costas, a uma distância de cerca de cinco metros, Manuel Baltazar empunhou novamente a arma e disparou, atingindo a filha e a ex-sogra, acrescenta.
Além dos quatro crimes de homicídio qualificado (dois dos quais na forma tentada), o arguido está acusado de um crime de detenção de arma proibida e outro de violação de proibições ou interdições.
Com 62 anos, Manuel Baltazar foi detido depois de ter andado fugido 34 dias.
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