POUPANÇA NO MINUTO
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Estudantes de Coimbra estão sem receber dois meses de bolsa
O presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC), Bruno Matias, disse hoje à agência Lusa que todos os estudantes bolseiros da Universidade de Coimbra estão sem receber os meses de abril e maio, considerando o caso "vergonhoso".
© DR
País AAC
A situação é "gravíssima", é um caso "vergonhoso e lamentável para o país", classificou o presidente da AAC, referindo que, segundo as informações de que dispõe, todos os estudantes bolseiros da Universidade de Coimbra estão "sem receber os meses de abril e de maio".
Bruno Matias alerta para a possibilidade de esta situação também poder estar a acontecer "um pouco por todo o país", sublinhando que, em Coimbra, os Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC) já tiveram de "acionar mecanismos de emergência a estudantes que pediram auxílio".
"Estamos a falar de estudantes com dificuldades e o Governo nem consegue cumprir as suas obrigações", afirmou, frisando que há muitas situações "alarmantes e preocupantes".
O dirigente estudantil recordou que o regulamento de atribuição de bolsas está em processo de revisão, considerando que, caso se defina um dia fixo para o pagamento das bolsas aos estudantes (algo que defende), o Governo "deveria ser penalizado com juros de mora", caso não cumpra o prazo.
"Se o estudante não cumpre o pagamento de propinas, pode ficar suspenso das práticas letivas, então o Estado também deve ser penalizado quando não cumpre o prometido", frisou, referindo que não pode haver "dois pesos e duas medidas".
Na terça-feira, vai haver um encontro de associações académicas, em Coimbra, onde, de acordo com Bruno Matias, esta situação vai ser discutida.
Contactado pela agência Lusa, o Ministério de Educação e Ciência (MEC) informou que já foram feitos os pagamentos, em 2015, dos meses de janeiro, fevereiro, março e abril, sendo que, "durante os próximos dias", os 60.123 estudantes bolseiros vão receber o pagamento do mês de maio.
Esse pagamento será no valor de cerca de 15 milhões de euros, "onde se incluem os retroativos dos bolseiros cujo processo de deferimento ocorreu até ao final do mês de abril", afirmou o MEC.
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