Luís Jordão, da equipa técnica da FMB, disse à agência Lusa que, além dos “prejuízos incalculáveis” em todo o património cultural e natural que constitui a Mata do Buçaco, as entradas neste espaço público “estão quase todas bloqueadas” devido à queda de árvores, sendo possível o acesso apenas através da Porta da Rainha, junto ao Museu Militar.
Foram arrancadas “muitas árvores centenárias” classificadas, incluindo cedros de grande porte do Vale do Fetos, acrescentou.
Uma "ermida histórica" e o edifício das garagens do antigo palácio real, actual Palace Hotel do Bussaco, que deveria acolher o futuro centro interpretativo da Mata do Buçaco, na freguesia do Luso, foram atingidos por árvores de grande porte derrubadas pelo vento, sofrendo danos avultados.
O presidente da Fundação Mata do Buçaco, António Franco, está no terreno a coordenar os trabalhos de limpeza e desobstrução das vias que servem a mata, que envolvem 20 pessoas.
Trabalhadores da Câmara da Mealhada “estão a ajudar” nestas tarefas, “dentro do possível”, mas a autarquia tem de acorrer a outras zonas do concelho também afectadas pelo mau tempo.
“Estamos a pedir o apoio de equipas florestais, pois estas 20 pessoas não chegam para tanto trabalho que há para fazer”, disse Luís Jordão.