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Misericórdia recupera igreja da segunda metade do séc. XVI
A Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro (SCMM) investiu cerca de 180 mil euros na recuperação de uma igreja propriedade da instituição e datada da segunda metade do século XVI.
© Reuters
País Mogadouro
Em declarações à agência Lusa, o provedor da SCMM, João Henriques, disse que a recuperação do templo cristão foi paga por três entidades: Associação de Desenvolvimento do Douro Superior, Câmara Municipal e Misericórdia.
"A Misericórdia entrou com 90 mil euros, cabendo a restante comparticipação as outras entidades " explicou.
Segundo o responsável, a igreja apresentava sinais evidentes de degradação estrutural, ao nível dos altares, outras peças de arte sacra e não só.
"O telhado estava praticamente a cair, as paredes estavam à beira da derrocada e os altares praticamente a caírem. Hoje, a igreja merece ser vista, sendo um motivo de orgulho para a SCMM e para o concelho", disse o provedor.
O templo, onde se venera o Divino Senhor do Passos, só é utilizado praticamente em tempo de Quaresma, mas vai passar a abrir mais frequentemente.
"O património só tem importância se for partilhado pela comunidade. Ter património fechado não é vantajoso. O que pretendemos é a igreja seja agora local de culto para os irmãos da Misericórdia de Mogadouro e seus e familiares", acrescentou João Henriques.
Outra das preocupações foi manter toda "a traça original da igreja", que está situada em pleno centro histórico da vila e nas proximidades do castelo, este de origem medieval.
"Não houve nenhuma agressão patrimonial no templo. Tudo foi executado dentro das mais rigorosas normas" frisou, acrescentando que toda intervenção foi feita com recurso a empresas sediadas no concelho de Mogadouro.
Segundo o investigador António Rodrigues Mourinho, o processo original de construção da igreja da Misericórdia de Mogadouro foi conduzida pela ação benemérita dos marqueses de Távora.
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