José Sócrates e João Perna foram ‘apanhados’ numa escuta telefónica a falar sobre uma nota de 500 euros. Segundo o jornal i, o ex-motorista referiu no telefonema que tinha ido a um posto de abastecimento de combustível trocar a referida nota. Fontes próximas da investigação garantiram ao i que Sócrates terá ficado incomodado por Perna estar a falar tão explicitamente sobre aquele tema.
Confrontado com esta escuta durante os interrogatórios, João Perna assegurou que teve ir à bomba de gasolina para trocar a nota de 500 euros porque o cabeleireiro, onde a mãe de José Sócrates tinha ido, não tinha troco.
Contudo, esta versão dos factos não convenceu os investigadores que acreditam que esta é uma prova de que João Perna sabia o que estava dentro dos envelopes que transportava, ao contrário do que afirma a sua defesa.
Por outro lado, os investigadores garantem que a reação de Sócrates à conversa de Perna prova também que o episódio dizia respeito a um transporte de dinheiro que o ex-primeiro-ministro queria manter em sigilo.