"Ao longo de uma carreira ímpar, iluminou plateias do cinema europeu e de Hollywood com sensibilidade, rigor e elegância", escreveu a ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, na rede social X.
A governante acrescentou que "a sua visão artística, reconhecida por nomeações aos Óscares, BAFTA e pela Ordem do Infante D. Henrique, deixa um legado duradouro".
A ministra reagia à morte do diretor de fotografia Eduardo Serra, aos 81 anos, anunciada pela Academia Portuguesa de Cinema.
Nascido em Lisboa em 1943, Eduardo Serra é o mais internacional dos diretores portugueses de fotografia, tendo sido nomeado duas vezes para os Óscares, pelos filmes 'As Asas do Amor', de Iain Softley, e 'Rapariga com Brinco de Pérola', de Peter Webber, que lhe garantiu o prémio BAFTA da Academia Britânica de Cinema.
O Governo lamenta profundamente o falecimento de Eduardo Serra, o mais internacional dos diretores de fotografia portugueses.
— Margarida B Lopes (@margaridalopes) August 22, 2025
Ao longo de uma carreira ímpar, iluminou plateias do cinema europeu e de Hollywood com sensibilidade, rigor e elegância. (1/2)
A carreira internacional de Eduardo Serra teve início em França, onde se fixou em 1963, na sequência da perseguição de que foi alvo por participar em protestos contra a ditadura, recorda hoje a Academia Portuguesa de Cinema, que anunciou a morte do diretor de fotografia nas redes sociais, na noite de quinta-feira.
Entre os filmes que marcaram o seu percurso contam-se 'Harry Potter e os Talismãs da Morte', partes 1 e 2, 'Diamantes de Sangue', de Edward Zwick, 'Belle du Seigneur' de Glenio Bonder, e 'A Promise', de Patrice Leconte.
No cinema português, assinou a fotografia de obras como 'Sem Sombra de Pecado' e 'A Mulher do Próximo', de José Fonseca e Costa, 'O Processo do Rei', de João Mário Grilo, 'Amor e Dedinhos de Pé', de Luís Filipe Rocha, e 'O Delfim', de Fernando Lopes.
Eduardo Serra recebeu os graus de comendador e de grande oficial da Ordem do Infante D. Henrique, em 2004 e 2017, respetivamente, e o Prémio Sophia de Carreira, em 2014, da Academia Portuguesa de Cinema.
"Figura de referência maior no cinema mundial", Eduardo Serra "levou consigo a visão de um artista português que soube dialogar com cineastas de várias geografias, do cinema de autor europeu às grandes produções internacionais", conclui a mensagem da Academia Portuguesa de Cinema.
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