Estão há 25 anos a pagar pela casa e veem-na em leilão
Dezenas de famílias de Azeitão veem-se agora em risco de despejo depois de 25 anos a pagar a sua casa, conta o Diário de Notícias. A cooperativa a quem faziam os pagamentos mensais entrou em incumprimento e ?arrastou? as casas para leilão.
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País Azeitão
Existem 41 famílias em Azeitão que estão agora numa situação inimaginável. Estiveram 25 anos a pagar a casa a uma cooperativa que entrou em incumprimento e a banca colocou as suas casas em leilão, de acordo com o Diário de Notícias.
As verbas (cerca de 40 mil euros por fração) eram pagas pelos moradores à Cooperativa de Habitação e Construção Económica Bairro dos Trabalhadores mas, quando esta entrou em incumprimento com a banca e com o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), as escrituras não puderam ser feitas e os credores reclamam, agora, os créditos, levando para o mercado o património que os moradores dizem que já devia ser seu.
O anúncio do leilão, que foi publicado no sábado, lançou o desespero entre as famílias de Pinhal de Negreiros e Vendas de Azeitão mas encontra-se, para já, suspenso.
Os habitantes têm, entretanto, saído à rua cada vez que aparecem estranhos pela zona, receando ser interessados nas casas. Estes acabam por ser desencorajados pelos cartazes afixados junto dos apartamentos, onde se lê: “Casas habitadas que não estão à venda”.
A deputada socialista Eurídice Pereira já manifestou a sua indignação ao Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, afirmando que “este não é um processo de insolvência normal, não só porque estão em causa o património e as expectativas de 41 famílias, mas, sobretudo, porque o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana é um dos principais credores”, de acordo com o relatado pelo regional Zoom Online.
A mesma publicação adianta, ainda, que a socialista eleita por Setúbal inquiriu Jorge Moreira da Silva sobre se “tem conhecimento da situação exposta, e, em concreto, do posicionamento do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana na Comissão de Credores” e sobre “que resposta se prevê dar aos proprietários, de direito, das aludidas frações”.
[Notícia atualizada às 15h46]
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