O ano letivo 2024/2025 ainda não terminou, mas 21.116 professores já sabem, pelo menos, em que zona ficarão colocados a partir de setembro, em resultado dos concursos interno e externo.
De acordo com as listas definitivas de colocação, publicadas hoje pela Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE), 14.940 docentes que já estavam integrados nos quadros do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) conseguiram mudar de escola.
Já no âmbito do concurso externo, 6.176 professores contratados conseguem agora vinculação, 391 dos quais por cumprirem os requisitos da norma-travão, com três contratos sucessivos em horário anual completo, e 2.237 através do mecanismo de vinculação dinâmica.
Em comunicado, o MECI refere ainda a vinculação de 3.548 docentes qualificados para o grupo de recrutamento a que se candidataram, sendo que metade (1.792) está a estrear-se na escola pública, sem tempo de serviço nos últimos seis anos.
"As zonas sinalizadas com a maior carência de docentes foi onde vincularam nos quadros", refere a tutela, precisando que, entre os dois concursos, foram colocados 4.016 professores em Lisboa, 2.490 no Porto e 1.789 em Setúbal.
Por grupos de recrutamento, foram preenchidas mais vagas no 1.º ciclo (5.183), seguido da educação especial (2.167) e pré-escolar (1.989).
Os docentes dispõem agora de cinco dias úteis para aceitar a colocação através da plataforma do Sistema Interativo de Gestão de Recursos Humanos da Educação (SIGRHE) da DGAE.
Os que estejam vinculados em quadros de zona pedagógica (QZP) terão depois de candidatar-se ao concurso de Mobilidade Interna, cuja data ainda não foi anunciada, para serem colocados num agrupamento.
"Todos os candidatos admitidos ao concurso externo e que não obtiveram colocação podem apresentar-se ao concurso de contratação inicial, devendo, caso assim o entendam manifestar preferências", refere o ministério.
As listas de colocação foram divulgadas a três meses do início do ano letivo 2025/2026 e com um mês mais cedo face ao ano passado.
O MECI sublinha que a antecipação "permite, cada vez mais, à escola pública ter condições de serenidade, rigor e o planeamento necessários ao bom funcionamento" e ter "uma melhor gestão dos recursos no combate à escassez de professores e na redução do número de alunos sem aulas por períodos prolongados".
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