A reposição de areia "em quantidades aceitáveis" visa assegurar as condições de segurança, permitir a utilização dos passadiços de acesso existentes e a instalação dos apoios balneares para a próxima balnear, indicou a APA numa nota enviada à agência Lusa.
A medida surge depois da avaliação técnica efetuada pelo município de Olhão, face ao nível de desassoreamento da praia motivado pelo mau tempo registado no inverno.
"Perante este cenário, e face à proximidade da época balnear, com início previsto para o dia 01 de junho, tornou-se evidente a necessidade de uma intervenção urgente de reforço sedimentar", lê-se na nota.
A operação prevê a movimentação de areias a partir da zona próxima do delta de vazante/barra, com transporte e deposição ao longo da frente de praia, junto às unidades balneares.
De acordo com a entidade ambiental, o reforço artificial da praia será complementado pelos ciclos naturais de dinâmica costeira, "que deverão contribuir para a reposição adicional de sedimentos ao longo do tempo".
Os trabalhos do reforço sedimentar estão orçados em 300 mil euros, financiados pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e executado pelo município de Olhão.
"Durante a realização dos trabalhos, serão adotadas medidas de proteção ambiental e haverá uma redução temporária dos apoios balneares disponíveis", lê-se na nota.
Segundo a APA, está prevista uma intervenção estrutural de maior escala no âmbito do Plano Plurianual de Dragagens 2024-2026.
Uma operação que contempla a reposição de 150.000 metros cúbicos de areia, o que permitirá ampliar a largura da praia em cerca de 30 metros.
Com um custo estimado de 924 mil euros, os trabalhos "deverão decorrer ao longo de quatro meses e incluirão dragagem e repulsão, com o objetivo de melhorar a eficiência e a gestão costeira da zona".
A intervenção foi aprovada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), estando sujeita a condicionantes ambientais específicas para garantir a sustentabilidade do ecossistema local, conclui a nota da APA.
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