É necessário "ter debates sérios no país, (...) mas sem "serem simplesmente acusações mútuas ou de casos que tantas vezes são fáceis de manipular".
Este debate servirá para "saber qual é a seriedade dos programas e das vantagens e desvantagens de cada programa" para se poder ter uma posição na hora de votar.
José Ornelas apelou também ao voto e sublinhou que escolher quem governa o país "não é uma opção, é um dever".
Falando no final da 211.ª Assembleia Plenária da CEP, em Fátima, no concelho de Ourém, no distrito de Santarém, José Ornelas lembrou os 50 anos das primeiras eleições livres em Portugal, algo que disse não deitar "água baixo".
"Votar não é uma opção, é um dever. E é para todos. Porque isto também significa a nossa forma de dizer aos políticos: olhem que nós estamos atentos. Não é lançar nenhuma dúvida sobre quem nos governa, mas significa que apoiamos aqueles que julgamos que governam bem e também somos críticos em relação a quem não o faz", sublinhou o presidente da CEP.
O também bispo da Diocese de Leiria-Fátima acrescentou que a participação "é fundamental no jogo democrático".
"Um cristão não se abstém. Um cristão vota. Se tiver de votar em branco, vota em branco, mas vota. O que não posso é dizer: eu fui dos que não lá foram", insistiu.
Sobre o apagão que deixou Portugal sem luz na segunda-feira, José Ornelas defendeu que é necessário "fazer uma análise séria", porque "além de apurar responsabilidades, é importante, sobretudo, preparar-se para que não volte a acontecer".
"É importante apurar responsabilidades e também, eventualmente, culpas. É, sobretudo, necessário encontrar soluções para responder a essas eventuais deficiências que se têm verificado, para saber bem porque se chegou a isto e porque é que demorou este tempo a chegar-se a encontrar uma solução", apontou.
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