O socorrista da Cruz Vermelha que foi "brutalmente agredido" durante uma intervenção de socorro, no sábado de madrugada, na Maia, contou que foi "socado várias vezes pelo menos por três pessoas" que usavam "anéis de ferro" e admite ter receio de voltar ao serviço.
"Como já havia hostilidade, até mais com o meu colega, disse-lhe para descermos e levarmos os sacos de abordagem e disse, várias vezes, que estávamos ali para ajudar. Isso não me impediu de levar um soco do lado direito. Depois puxaram-me o casaco, de forma a tapar-me o rosto, e fui socado várias vezes pelo menos por três pessoas. Dentro dessa sala estariam à volta de dez a 12 pessoas, maioritariamente homens, só tinha duas mulheres", recordou Bruno Lima à RTP.
Depois da agressão, o homem teve de ser assistido no hospital, onde ficou algumas horas até ter alta. Só já na unidade hospitalar é que teve noção do estado em que estava.
"Estava com luvas, meti a mão na cara e vi que as minhas luvas estavam com sangue, mas não sabia o estado em que estava", afirmou o socorrista.
Quando teve alta hospitalar, Bruno Lima apresentou queixa na Polícia de Segurança Pública da Maia.
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