"Vi com alguma surpresa" as declarações de Margarida Blasco

Durante o dia de ontem, a ministra da Administração Interna admitiu a discussão do direito à greve nas polícias. Mais tarde, um comunicado do gabinete do ministério, veio desmentir essa possibilidade nas negociações previstas para janeiro com os sindicatos.

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Notícias ao Minuto
04/11/2024 09:50 ‧ há 5 semanas por Notícias ao Minuto

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A líder parlamentar do Partido Socialista, Alexandra Leitão, revelou ter visto "com alguma surpresa essa abertura que a senhora ministra de forma, mais ou menos clara, aparentemente, teria dado", dizendo que o direito à greve nas polícias é uma "questão que não se deve colocar", no programa O Principio da Incerteza, na CNN Portugal. 

 

Em causa, estavam as declarações da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, sobre a possibilidade da discussão do direito à greve nas polícias nas reuniões com os sindicatos, em janeiro. No entanto, horas depois, através de um esclarecimento enviado às redações, o Ministério da Administração Interna escreveu que "a posição do Governo é clara: nesse diálogo pode ser discutida a representação laboral e os direitos sindicais. Mas não o direito à greve". 

Alexandra Leitão disse que “este breve comunicado” [do Ministério da Administração Interna] “é um bocadinho uma desautorização” da ministra, acrescentando "compreendo uma vez que, o programa do Governo não tem esta matéria".

A deputada socialista adiantou que, daquilo que leu, "é um comunicado, tanto quanto vejo, do Governo em que se diz que, em momento algum, as declarações da ministra podem ser interpretadas neste sentido".

"Ainda bem que houve um recuo, ainda bem que esta matéria não será tratada”, ressalvando que “acho que não deve ser uma matéria a ser tratada". 

No espaço de comentário disse também que "os termos do esclarecimento são um bocadinho especiosos”, não sendo “normalmente o tom que é utilizado".

"É o próprio membro do Governo que vem esclarecer as suas declarações, mas isso não é o principal. O principal é que se recua nesta matéria e ainda bem", conclui Alexandra Leitão. 

De recordar que o tema do direito à greve nas polícias é discutido há vários anos.

Leia Também: Direito à greve na polícia? Ministra faz marcha-atrás após "infelicidade"

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