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"Futuro da Humanidade não pode ser pensado contra emigrantes"

O bispo do Porto disse hoje que o futuro da Humanidade não pode ser pensado contra os emigrantes e apelou aos peregrinos no Santuário de Fátima para que sejam acolhedores e cuidadores dos que vivem perto ou são de longe.

"Futuro da Humanidade não pode ser pensado contra emigrantes"
Notícias ao Minuto

06:23 - 13/08/14 por Lusa

País Bispo do Porto

"A história do mundo nunca se fará à margem da emigração, nem sem os emigrantes, nem o futuro da Humanidade se poderá pensar contra os emigrantes", afirmou António Francisco dos Santos, na missa com que terminou o primeiro dia da peregrinação dos migrantes ao santuário da Cova da Iria, debaixo de chuva, o que pode explicar a menor afluência de pessoas comparativamente aos anos anteriores.

António Francisco dos Santos referiu-se, depois, à missão da Igreja: "Lembrar ao mundo que trazemos em nós as marcas de povos estrangeiros e transportamos connosco as dores e os valores, as lágrimas e os êxitos, os testemunhos de vida e de trabalho, e a memória da coragem e da fé dos emigrantes".

Aos fiéis, "peregrinos e emigrantes", que trazem "a recordação de longos caminhos, feitos de sonho e de aventura, na procura de uma vida digna e de um trabalho honesto", desafiou a serem "acolhedores, hospitaleiros e cuidadores dos que vivem perto e dos que vêm de longe, atentos aos vizinhos e aos de fora" e "ir ao encontro das novas periferias existenciais e sociais, habitadas por novos surtos de emigrantes que batem às portas, tantas vezes fechadas, da Europa e do mundo".

O prelado, que foi filho e neto de emigrantes, perdeu o pai "lá longe no Brasil" e trabalhou com comunidades emigrantes, considerou que "há horas na vida da emigração em que só Deus" pode ajudar.

"Este santuário é a casa que nos acolhe, independentemente da nossa origem, idade, cultura ou língua", disse António Francisco dos Santos, referindo que pelo "altar do mundo" passa, todos os anos, "o caminho dos emigrantes que de Portugal partiram e dos imigrantes que a Portugal chegaram".

A todos pediu para que rezassem "pelos que vivem longe da paz e da pátria", pelos "cristãos perseguidos do Iraque, da Nigéria e da Índia", e, também, pela Palestina, Síria, Ucrânia e Israel.

A peregrinação dos migrantes ao Santuário de Fátima termina na quarta-feira com a recitação do terço, missa, bênção dos doentes, consagração e procissão do adeus, a partir das 10:00.

Segundo informação do santuário, até às 19:00 de hoje tinham sido admitidos 51 doentes para a bênção de dia 13.

Os dados da instituição dão conta de que foram atendidas 58 pessoas no posto de socorros, enquanto ao lava-pés recorreram 197 peregrinos. Estão ao serviço 118 voluntários, entre servitas e não servitas.

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