Meteorologia

  • 06 MAIO 2024
Tempo
15º
MIN 13º MÁX 20º

Hastear da bandeira sueca na NATO tem "forte carga simbólica"

O ministro dos Negócios Estrangeiros português destacou hoje a "forte carga simbólica" do momento em que foi hasteada a bandeira da Suécia na sede da NATO em Bruxelas, marcando a adesão do país como 32.º membro da aliança.

Hastear da bandeira sueca na NATO tem "forte carga simbólica"
Notícias ao Minuto

20:27 - 11/03/24 por Lusa

País NATO

"Foi hoje içada a bandeira sueca no QG [quartel-general] da NATO, um momento de forte carga simbólica. A adesão da Suécia à NATO é resultado direto da agressão ilegal e injustificada da Rússia contra a Ucrânia. Juntos somos mais fortes", escreveu João Gomes Cravinho, na rede social X.

O ato foi acompanhado pelo primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, e o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.

"Somos humildes, mas também temos orgulho. Sabemos que as expectativas para a Suécia são altas, mas também temos grandes expectativas para nós próprios", disse Kristersson aos jornalistas minutos antes da cerimónia.

"Partilharemos fardos, responsabilidades e riscos com os nossos aliados", garantiu.

A participação da Suécia na NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a maior organização de segurança do mundo, traz para o seio da aliança forças armadas bem treinadas e equipadas.

O país tem trabalhado em estreita parceria com a NATO em exercícios militares ao longo dos anos, sobretudo desde o início da invasão russa da Ucrânia, e cumpre a meta de gastos com defesa estabelecida, que é de investir 2% do Produto Interno Bruto (PIB).

A adesão da Suécia completa um anel estratégico do território da NATO em torno do mar Báltico. O país beneficia agora da garantia de segurança coletiva da aliança através do artigo 5º. do tratado, que expressa que os países signatários concordam que um ataque armado contra um ou vários desses países será considerado um ataque a todos.

A cerimónia de hastear da bandeira aconteceu no momento em que 20.000 soldados de 13 países iniciaram exercícios da NATO no extremo norte da Suécia e dos vizinhos Finlândia e Noruega.

O exercício nos países nórdicos faz parte de uma operação mais ampla, chamada "Steadfast Defender 24", a maior da NATO nas últimas décadas, na qual cerca de 90.000 soldados participam durante vários meses.

O objetivo é mostrar a qualquer adversário que a aliança pode defender todo o seu território, desde a América do Norte até às fronteiras com a Rússia.

Jens Stoltenberg assegurou hoje, no entanto, que a NATO não tem planos para expandir o número de aliados que possuem armas nucleares nem para colocar um batalhão na Suécia, como os que mantém nos países bálticos.

A Suécia rompeu com décadas de neutralidade pós-II Guerra Mundial quando aderiu formalmente à NATO na quinta-feira passada, depois de a Turquia e a Hungria terem colocado vários entraves ao processo, que se pretendia célere.

A sua vizinha Finlândia já tinha aderido em abril de 2023 num outro movimento histórico que pôs fim a anos de não-alinhamento militar.

A decisão do Presidente russo, Vladimir Putin, de ordenar a entrada de tropas russas na Ucrânia, em fevereiro de 2022, desencadeou uma reviravolta na opinião pública dos dois países nórdicos e, no espaço de três meses, ambos se afastaram da sua tradicional postura de neutralidade e candidataram-se à adesão na Aliança Atlântica.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: NATO: Bandeira da Suécia hasteada em Bruxelas consolida país como membro

Recomendados para si

;
Campo obrigatório