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O que separa PS e AD? "Apostamos também na democracia económica e social"

Matosinhos, Porto, 25 fev 2024 (Lusa) - O cabeça de lista socialista pelo Porto, Francisco Assis, defendeu hoje que o projeto do PS se distingue do da direita democrática porque não se limita a defender a democracia política, mas também a económica, social e cultural.

O que separa PS e AD? "Apostamos também na democracia económica e social"
Notícias ao Minuto

15:21 - 25/02/24 por Lusa

País Eleições

Num discurso num almoço comício do PS no Centro de Desporto e Congressos de Matosinhos, distrito do Porto, Francisco Assis salientou que o que separa o seu partido da direita democrática "não é o modelo de organização política", porque ambos convergem na "defesa da democracia constitucional".

Salientando que nestas "horas difíceis" que se vivem na Europa e no mundo "é bom não perder de vista essa convergência importantíssima", Francisco Assis ressalvou, contudo, que também existem "divergências igualmente sérias" com a direita.

"O que nos separa da direita democrática é que nós não nos limitamos a defender a democracia política, nós apostamos também na democracia económica, social e cultural", afirmou.

Francisco Assis acrescentou que o PS está "plenamente convencido que, sem uma forte democracia económica, social e cultural, é a própria democracia que é posta em causa, que entra em crise".

O antigo líder parlamentar do PS e presidente do Conselho Económico e Social (CES) salientou ainda que o que identifica os socialistas é o facto de conseguirem encontrar "uma boa articulação" entre as dimensões do rigor orçamental, do crescimento económico e do compromisso social.

"Admito que haja outros partidos em Portugal que estarão preocupados também com o rigor orçamental, que haja outros que também estejam preocupados com o crescimento económico e não tenho a menor das dúvidas de que há outros que estão profundamente preocupados com a questão social, mas só nós é que conseguimos estabelecer uma boa articulação entre estas três dimensões", defendeu.

Francisco Assis defendeu que é precisamente esse equilíbrio que está plasmado no programa eleitoral do PS, e acrescentou que o partido não apresenta soluções económicas "assentes em qualquer tipo de aventureirismo", mas "num estudo realista e sério".

"Nós recusamos, contra muitos que tinham perspetivas diferentes, a ideia de estarmos condenados a ser um país de baixos salários, de baixas qualificações, um país em que se produziria aquilo que mais ninguém na Europa queria produzir, um país historicamente condenado à miséria", afirmou.

Também no que se refere ao Estado social, Francisco Assis defendeu que só o PS é que "dá garantias plenas de estar preocupado com a produção e defesa" de um Estado social que seja "fator de promoção e de igualdade e de justiça".

Salientando que há quem diga que este combate eleitoral é difícil para o PS, Francisco Assis questionou se alguma vez o partido travou um combate que não fosse difícil, para responder de seguida que "bem pelo contrário", que o PS é herdeiro "daqueles que compreenderam, ainda antes de 1974 e logo a seguir a 1974, que só há socialismo em liberdade e em democracia".

Sobre Pedro Nuno Santos, Assis destacou a sua "enorme decência" e salientou que estas legislativas também "têm de ser umas eleições pelo triunfo da decência" em Portugal, apelando a que a campanha seja feita "com elevação" e que o PS não ceda "à tentação de responder à arruaça com arruaça".

"Nós somos diferentes, nós também representamos aqui a defesa dos grandes princípios e valores conformadores da democracia, que faz parte da nossa identidade fundamental", frisou, num discurso em que também indicou que, quer no poder como "na oposição responsável", o PS foi "sempre importante para a consolidação da democracia".

Recordando que, este ano, se assinalam os 50 anos do 25 de Abril, salientou que, ao mesmo tempo que se celebra "com alegria essa data", se constata também que há "uma espécie de processo à democracia que é feito hoje por uma extrema-direita que tem uma vasta expressão na Europa e noutras zonas do mundo e que quer agora também aparecer em força em Portugal".

"Por isso, nós também temos de aproveitar esta campanha eleitoral para fazer a defesa dos valores e dos grandes avanços deste país nestes 50 anos em que já vamos de vida democrática", pediu.

Leia Também: Assis enaltece CML por não autorizar manifestação anti-islâmica

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