Anúncio na FLUL oferecia quarto em troca de babysitting. "Ilegalidade"

A informação destinava-se tanto a estudantes portugueses como a estrangeiros, que deveriam estar disponíveis para cuidar de duas crianças a partir das 18h00, incluindo durante a noite e aos fins de semana, pelo menos de 15 em 15 dias.

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Notícias ao Minuto
23/02/2024 08:20 ‧ 23/02/2024 por Notícias ao Minuto

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Um anúncio em inglês deixado no corredor da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL) que, entretanto, foi retirado, oferecia alojamento em troca de serviços de babysitting, sem qualquer tipo de remuneração.

A informação destinava-se tanto a estudantes portugueses como a estrangeiros, que deveriam estar disponíveis para cuidar de duas crianças a partir das 18h00, incluindo durante a noite e aos fins de semana, pelo menos de 15 em 15 dias, segundo avançou a Antena 1.

O mesmo meio adiantou que outra das funções passava por ir buscar as crianças à escola quando a mãe não pudesse, de autocarro e com recurso ao passe de estudante, entre a zona do Marquês de Pombal e Benfica. Assegurar as atividades dos meninos, ajudá-los nos trabalhos de casa, preparar e dar-lhes o jantar, ajudá-los no banho, deitá-los, arrumar brinquedos e limpar a casa de banho dos menores seriam outras das responsabilidades, compensadas por alojamento com luz, água e Internet incluídos.

Questionado pela Antena 1, o estabelecimento de ensino referiu que o anúncio já tinha sido removido, ainda que tenha salientado que a informação deixada no corredor da Associação de Estudantes é da responsabilidade da própria.

Antes de serem afixados, os anúncios são alvo de validação por parte dos serviços. Acontece que, segundo a presidente da Federação Académica de Lisboa, Catarina Ruivo, esta informação terá escapado à seleção.

A responsável apontou que os valores praticados no alojamento em Lisboa poderão explicar a situação que, de acordo com o especialista em Direito do Trabalho Luís Gonçalves da Silva, constitui uma "ilegalidade", que faz recordar o êxodo do campo para a cidade, exatamente nestes moldes.

Na mesma linha, a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) salientou que a atividade de "au pair" não está regulamentada em Portugal, ao contrário do que acontece noutros países.

Leia Também: Burlas com arrendamentos provocaram prejuízos de mais de 1,75 milhões

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