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Norte-americana mudou-se para Cascais (e teve de se adaptar ao bolor)

Enquanto profissional de comunicação de hospitalidade global, Katie já tinha passado por diversos países europeus, mas nunca por Portugal.

Norte-americana mudou-se para Cascais (e teve de se adaptar ao bolor)
Notícias ao Minuto

12:13 - 24/01/24 por Notícias ao Minuto

País Cascais

Depois de ter vivido e trabalhado em Londres, no Reino Unido, Katie Meyer decidiu trocar a Califórnia, nos Estados Unidos, por Cascais, em Portugal. A mudança ocorreu em 2021, no auge da pandemia, quando o trabalho à distância se tornou uma prática comum. Além das diferenças culturais, a mulher de 66 anos viu-se ainda a braços com novas ‘ameaças’ a que teria de se adaptar – nomeadamente o bolor e a calçada portuguesa.

Enquanto profissional de comunicação de hospitalidade global, Katie já tinha passado por diversos países europeus, mas nunca por Portugal. Preparada para um novo capítulo, a norte-americana procurava uma cidade que lhe garantisse segurança, qualidade de vida e cuidados médicos acessíveis, bem como facilidade de ter uma residência permanente e cidadania. Lisboa cumpria todos os requisitos, segundo contou à CNN Internacional.

Em agosto de 2021, a mulher chegou à capital portuguesa com cinco malas, onde tinha alugado um apartamento, por três meses. Depois de explorar a área, Katie deixou-se levar pelos encantos de Cascais, que primava por um ambiente tranquilo e até sonolento.

“Aqui, o tempo para e as pessoas aproveitam o tempo juntas. As coisas demoram mais. Ao invés de qualquer sentido de urgência, encontramos um estilo de vida mais feliz e descontraído. Mas isso pode ser muito frustrante para os norte-americanos viciados em ritmos frenéticos e presos em corridas desenfreadas”, disse, ao mesmo meio.

A mulher revelou ainda ter ficado muito surpreendida com a genuinidade dos portugueses, que se mostravam disponíveis para a ajudar quando tinha dificuldades em comunicar.

“O português é uma língua muito difícil de aprender, mas estão sempre dispostos a ajudar na pronúncia e no uso. É uma cultura muito acolhedora”, considerou.

Em Cascais, a norte-americana comprou um apartamento de 95 metros quadrados, dois quartos, dois andares e um terraço, por 595 mil euros. Apesar da crise na habitação em que o país se encontra mergulhado, a mulher garantiu que, na Califórnia, uma residência equivalente custar-lhe-ia o triplo.

Katie beneficiou do programa de vistos Gold, mas enfrentou dois anos de burocracia para ter a sua residência em Cascais. Ainda assim, o forte sentido de comunidade foi um dos fatores que a fez querer ‘assentar’ na vila.

Apesar de tudo, a mulher não conseguiu abdicar do ar condicionado e teve de aprender a lidar com a humidade e com o bolor, tendo vários desumidificadores em casa. Outro ‘inimigo’, veio a descobrir, seria a calçada portuguesa, que é “bonita para os olhos, mas traiçoeira para o corpo”.

“Escorreguei e caí várias vezes nas pedras escorregadias quando cheguei e rapidamente aprendi que é apenas um ritual de passagem”, disse, tendo apontado que, agora, usa ténis para enfrentar os passeios.

“Em Portugal, a função está acima do estilo no departamento de calçado”, brincou.

A norte-americana admitiu que, por vezes, sente saudades de casa, mas ressalvou que não tenciona regressar ao país de origem.

“Sinto falta dos meus amigos e familiares, mas viver num ambiente seguro, pacífico, acessível e que nos abre os olhos é uma troca indiscutível”, defendeu, tendo dado conta de que, nos últimos dois anos, recebeu mais visitas do que se ainda estivesse nos Estados Unidos.

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