Taxistas dizem que serviço de motoristas privados "é ilegal"
O presidente da ANTRAL defendeu hoje que o serviço de mobilidade da Uber que, através de uma aplicação, permite encontrar um motorista privado em qualquer lugar, "é ilegal" e, por isso, "não pode ser feito" em Lisboa.
© Reuters
País ANTRAL
"É ilegal. Esse serviço não poder ser feito, porque há uma legislação que regulamenta o setor dos transportes e esse programa viola essa legislação", afirmou hoje o presidente da ANTRAL - Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros, Florêncio Almeida, em declarações à Lusa.
De acordo com um representante da empresa criadora daquele serviço, Lisboa vai ser a primeira cidade em Portugal a acolhê-lo.
A Uber foi criada em 2009, em São Francisco, Califórnia, nos Estados Unidos, para facilitar a mobilidade dos seus utilizadores e atualmente está presente em 140 cidades de cerca de 40 países.
No entanto, só chegou agora a Lisboa, através do serviço "UberBlack", que assenta no aluguer de transporte privado em carros de gama alta.
"Sempre quisemos vir para Portugal. Lisboa tem grandes oportunidades e agora que estamos aqui, estamos muito focados em fazê-las crescer. Estamos a criar uma equipa local, [para] garantir que temos (...) motoristas formados e experientes", assinalou hoje o representante da Uber na Europa Ocidental, Alexandre Droulers, em declarações à Lusa.
O presidente da ANTRAL sublinhou que esse serviço "já foi proibido em alguns países da União Europeia", defendo que "aqui também tem que ser".
A 11 de junho, milhares de taxistas de grandes cidades europeias mobilizaram-se contra a "intrusão" na sua atividade de plataformas ou aplicações de partilha de carros, que não precisam de licença de transporte públicos.
Os taxistas consideram que o recurso a aplicações móveis como a Uber prejudica a sua atividade, apesar de a Comissão Europeia ter considerado que estas aplicações beneficiam o consumidor e fomentam a atividade empreendedora.
Na altura, a Uber emitiu um comunicado no qual classificou de "desmedidas" as mobilizações que ocorreram em várias cidades da Europa.
As aplicações que os taxistas contestam permitem que os utilizadores tenham acesso a transporte em carros privados com condutores previamente inscritos, mas que não necessitam de qualquer licença, que é obrigatória para outros transportes públicos.
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