FNAM quer voltar ao processo negocial. "O Governo está em plenas funções"

Segundo Joana Bordalo e Sá, "os utentes e o SNS precisam de uma resposta e uma resposta rápida".

Joana Bordalo e Sá, FNAM

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Inês Frade Freire com Lusa
10/11/2023 21:17 ‧ 10/11/2023 por Inês Frade Freire com Lusa

País

Joana Bordalo e Sá

A presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), Joana Bordalo e Sá, afirmou, esta sexta-feira, que pretende voltar ao processo negocial com o Ministério da Saúde, apesar da crise política, "para que ele não caia por terra".

"O Governo está em plenas funções. Temos um Ministério da Saúde, temos o mesmo ministro, e é muito urgente resolver a situação do Serviço Nacional de Saúde [SNS]", afirmou, em declarações à CNN Portugal.

Segundo Joana Bordalo e Sá, "os doentes não podem esperar mais". "Não podemos ficar à espera que haja um novo Governo até se fazer uma nova mesa negocial, com uma nova equipa ministerial", acrescentou.

"Os utentes e o SNS precisam de uma resposta e uma resposta rápida. A FNAM tem as propostas em cima da mesa há 19 meses, o Governo sabe muito bem o que é necessário devolver aos médicos e para atrair médicos ao SNS", frisou a presidente da Federação Nacional dos Médicos.

Na ótica de Joana Bordalo e Sá, trata-se "mesmo de uma questão de vontade em resolver a situação". "É fundamental que isto se resolva para bem do SNS", acrescentou ainda.

A última reunião entre o Ministério da Saúde e os sindicatos médicos estava marcada para a passada quarta-feira, mas foi cancelada na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Costa.

Nesse dia, o ministro da Saúde tinha declarado no Parlamento que as negociações com os sindicatos médicos iriam prosseguir, afirmando que ainda não tinha perdido a esperança de chegar a um acordo com os médicos.

Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, na sequência da demissão do primeiro-ministro, na terça-feira.

António Costa é alvo de uma investigação do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos num processo relacionado com negócios sobre o lítio, o hidrogénio verde e um centro de dados em Sines terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos.

De acordo com o Ministério Público (MP), podem estar em causa os crimes de prevaricação, corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e tráfico de influência.

O MP considera que houve intervenção do primeiro-ministro na aprovação de um diploma favorável aos interesses da empresa Start Campus, responsável pelo centro de dados, de acordo com a indiciação, que contém várias outras referências a António Costa.

No dia da demissão, Costa recusou a prática "de qualquer ato ilícito ou censurável".

Leia Também: Federação critica publicação de diplomas sobre SNS à revelia do acordo

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