A Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) tornou público, esta quinta-feira, que o Ministério Público requereu julgamento de uma arguida, acusada do crime de peculato por se ter apropriado de quantias obtidas através de penhoras para "proveito próprio".
Em comunicado, a PGDL afirmou que a arguida, uma agente de execução, "no âmbito dos processos de execução em que foi nomeada, ao invés de proceder ao depósito das quantias recebidas através da realização de penhoras e de pagamentos voluntários, destinadas ao pagamento das quantias exequendas e demais encargos com os processos, nas suas contas bancárias profissionais – contas clientes exequentes e contas clientes executados – dispôs de parte desses valores em seu proveito próprio, fazendo suas tais quantias monetárias".
No total, foram analisados 24 processos executivos em que a arguida participou. Em 18, "foram apuradas quantias monetárias das quais a mesma se apropriou", num total de 137.804,05 euros.
Segundo a nota, a mulher já entregou "aos exequentes a quantia total de 41.395,94 euros, tendo ficado na sua posse com a quantia de 96.408,11 euros".
A investigação foi dirigida pelo DIAP Regional de Lisboa e contou com a colaboração da Polícia Judiciária (PJ) e da Comissão para o Acompanhamento dos Auxiliares de Justiça (CAAJ).
Leia Também: Grupo cometeu dezenas de furtos. Forravam sacos com papel de alumínio