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Governo aberto a negociar 35h de trabalho, diz bastonário dos médicos

Ministério mostrou abertura para discutir uma nova carreira médica, um horário base de 35 horas, a captação de médicos para o SNS e a melhoria da formação.

Governo aberto a negociar 35h de trabalho, diz bastonário dos médicos
Notícias ao Minuto

13:40 - 04/10/23 por Marta Amorim com Lusa

País SNS

O Ministério da Saúde mostrou hoje “abertura” para “voltar a abrir as negociações sindicais”, disse o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, aos jornalistas, esta quarta-feira, à saída da reunião no ministério.

O responsável diz que a tutela mostrou abertura para discutir uma nova carreira médica, um horário base de 35 horas, a captação de médicos para o SNS e a melhoria da formação.

"Na esmagadora maioria das questões que têm que ver com a Ordem dos Médicos os prazos são muito limitados. No próximo mês, até final do mês, muitas das questões que foram aqui tratadas têm de ter um compromisso escrito do Ministério da Saúde", afirmou o bastonário, que insistiu que, desta vez, "houve uma postura diferente" da tutela.

Estas matérias serão "reportadas aos sindicatos" numa "reunião de emergência" do Fórum Médico - plataforma que reúne todas as organizações médicas- que a Ordem vai marcar para dia 12, em Coimbra

Um dos temas abordados na reunião de duas horas e meia no Ministério da Saúde foi a abertura de um processo para a nova carreira médica: "É uma reivindicação médica de há vários anos. Há necessidade de termos uma carreira médica que tenha em conta o setor da saúde, o da Justiça e o da Defesa (...), sem esquecer que há médicos no setor público, privado e social".

A propósito da falta de recursos médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), Carlos Cortes elencou ainda como prioridades um plano de captação e manutenção de médicos nos serviços públicos: "Tem sido feito muito pouco, ou praticamente nada, para captar, fixar, manter os médicos no SNS, (...) naquela que deveria ser uma prioridade da reforma do SNS".

A ordem apontou ainda a necessidade de melhor formação e mais espaço para formação no SNS.

Segundo o bastonário, cabe agora aos sindicatos negociar com o Ministério da Saúde as questões de índole sindical, enquanto a OM tratará de negociar com o Governo questões da sua tutela, nomeadamente a formação dos clínicos.

"Haverá espaço de diálogo para matérias sindicais (...) e a Ordem dos Médicos pediu que rapidamente se iniciasse esse diálogo e que fosse breve e não demorasse 14 meses como demorou o anterior", afirmou.

Questionado sobre a atual dificuldade de resposta nas urgências - devido à recusa de muitos médicos em fazer mais do que as 150 horas extraordinárias anuais a que estão obrigados -, Carlos Cortes afirmou: "A Ordem dos Médicos não dá resposta nos serviços de urgência. Há uma responsabilidade que é do Ministério da Saúde e do Governo. O atendimento nos hospitais é da responsabilidade do Governo, que tem de criar as condições adequadas para os seus profissionais, neste caso os médicos, poderem dar uma resposta positiva à população".

[Notícia atualizada às 14h03]

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