A Procuradoria da República da Comarca de Setúbal tornou, esta sexta-feira, público que o Ministério Público (MP) acusou quatro militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) do crime de homicídio. Em causa está a morte de um homem, de 62 anos, durante uma operação da autoridade, em dezembro de 2021, no Pinhal Novo, no município de Palmela.
"O Ministério Público deduziu acusação contra quatro arguidos, militares da GNR, pela prática, em coautoria, do crime de homicídio. Os factos remontam a 7 de dezembro de 2021, tendo a vítima falecido na sequência de ferimentos de balas sofridos no decurso de uma operação policial ocorrida no Pinhal Novo", indicou a Procuradoria da República da Comarca de Setúbal, em comunicado.
Segundo a nota, os "arguidos integravam o dispositivo montado para localizar o ofendido que se encontrava em fuga".
O caso remonta a 7 de dezembro de 2021, quando a GNR se dirigiu à casa do suspeito para cumprir um mandado de busca e apreensão de armas de fogo.
O homem, que residia sozinho na casa em questão, ao detetar a presença dos militares, efetuou disparos, com recurso a uma caçadeira, "sem feridos ou danos a registar, colocando-se de imediato em fuga na posse da arma, para uma zona rural naquela localidade", informou, na altura, a GNR.
O homem escondeu-se num terreno e, quando foi localizado, apontou uma arma aos militares. Apesar da "advertência clara e inequívoca para largar a arma", este não terá acatado a ordem.
Segundo a GNR, os militares "em legítima defesa" atingiram o suspeito de forma a neutralizar a ameaça. O óbito foi declarado no local.
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