"A contraofensiva ucraniana não está a correr bem"
Azeredo Lopes, antigo ministro da Defesa, acusa uma "discrepância" entre a contraofensiva ucraniana face à invasão russa e "o que ela poderia vir a ser".
© Global Imagens
País Defesa
O antigo ministro da Defesa português, Azeredo Lopes, considerou, na noite de terça-feira, que a contraofensiva ucraniana face à invasão russa "não está a correr bem".
"Não há como andar a escamotear esse facto. O que se está a passar é a discrepância entre a contraofensiva e aquilo que fomos sendo preparados para o que ela poderia vir a ser", disse, na CNN Portugal.
Para Azeredo Lopes, "há uma diferença grande entre a campanha comunicacional criada pela Ucrânia e os resultados no terreno". Ainda assim, "independentemente de resultados menos satisfatórios", estamos perante "uma guerra de atrição", que "vai ser bastante mais demorada do que aquilo que se procurou transmitir", argumentou.
O antigo ministro da Defesa falava de um 'spot' audiovisual ucraniano, difundido em junho, que mostrava um soldado a pôr um dedo frente à boca, pedindo silêncio, quando argumentou: "A propaganda faz parte de qualquer guerra. Não estou a criticar a propaganda. Acho que, a certa altura, se trabalhou demasiado na propaganda e menos numa abordagem um pouco mais realista."
Azeredo Lopes recorda a cimeira de Vilnius da NATO, "onde é que ela já vai", afirmando que a Ucrânia não chegou a esta data com "resultados palpáveis" da contraofensiva, tal como era, na altura, expectável. "É nessa altura que começa a ouvir-se o discurso da ingratidão", acrescentou.
A Rússia iniciou, a 24 de fevereiro de 2022, uma invasão em grande escala da Ucrânia, espoletando um conflito armado que já vitimou, segundo a ONU, cerca de 7.300 civis.
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