Em declarações aos jornalistas após ter contactado com os jovens, dos 12 aos 15 anos, que participaram nesta iniciativa, na Base Naval do Alfeite, Helena Carreiras referiu que o projeto visa "aproximar a Defesa nacional dos mais jovens" e proporcionar-lhes uma "experiência e uma vivência da vida militar, para conhecerem aquilo que os militares fazem como se organizam, e vivê-lo de forma mais prolongada do que o habitual dia da Defesa Nacional".

"Queremos que a sociedade conheça melhor as Forças Armadas, que os jovens conheçam melhor os seus militares e que possam julgar melhor aquilo que pode ser o seu futuro, se assim tiverem interesse, aqui nesta instituição", disse.

Helena Carreiras referiu que o objetivo destes projetos é "sempre o mesmo: que as Forças Armadas continuem a ser uma das instituições em que os portugueses mais confiam, e confiam mais seguramente se conhecerem melhor".

Este projeto-piloto já teve iniciativas em Ovar e Mafra e, agora, na Base Naval do Alfeite, onde os jovens pernoitaram uma noite. Nos contactos que teve com os jovens, Helena Carreiras perguntou-lhes qual é a sugestão que fariam à ministra sobre este programa, com alguns a responderem que deveria haver mais pernoitas.

"Talvez umas três semanas ou um mês", pediu uma das jovens, provocando gargalhadas.

Segundo o 'site' do Governo, o projeto 'Defesa + Jovem' foi criado devido ao "interesse que consistentemente vem sendo manifestado pelos participantes no Dia da Defesa Nacional em conhecer de modo mais próximo o trabalho realizado pelas Forças Armadas e poder experienciar o dia-a-dia de uma unidade militar".

"Destina-se aos jovens dos 12 aos 15 anos, tem a duração de três a cinco dias, com possibilidade de pernoita nas unidades militares, e abrange diferentes atividades consoante os ramos das Forças Armadas", lê-se.

Nestas declarações aos jornalistas, Helena Carreiras foi ainda questionada sobre a despesa, aprovada hoje em Conselho de Ministros, para a adesão ao 'NATO Innovation Fund'.

A governante referiu que se trata de um fundo que reunirá 20 aliados da Aliança Atlântica e que visa "promover o investimento na inovação, nas novas tecnologias emergentes e disruptivas, para proporcionar o desenvolvimento das Forças Armadas, em articulação com as indústrias, promovendo 'start up' que apostam na inovação, no desenvolvimento tecnológico".

"É um fundo que é original, é a primeira vez que existe, mas que vem completar outros programas da NATO, designadamente o DIANA, um acelerador de inovação que acolhemos já aqui em Portugal também", referiu.

A ministra da Defesa Nacional disse que o fundo é uma "construção de oportunidades" para as empresas portuguesas e para que as Forças Armadas possam "colaborar para o desenvolvimento tecnológico e posicionar-se relativamente ao futuro que tem necessariamente que passar pela inovação e articulação com o sistema científico".

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