Expropriação de cemitério de Rio Tinto pode custar 200 mil euros
Autarca realça que "seja o valor que for", o importante é resolver a questão, que está há mais de 20 anos na Justiça, e dar paz aos "vivos e mortos" de Gondomar.
© Facebook / Marco Martins
País Gondomar
O presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, revelou, esta sexta-feira, em entrevista à RTP, que tudo indica que o valor da expropriação dos terrenos do cemitério n.º 2 de Rio Tinto custem à autarquia "entre 175 e 200 mil euros".
Apesar do valor avultado, o autarca realçou que o importante é resolver uma questão que dura há mais de duas décadas, "seja o valor que for".
O pedido de expropriação dos terrenos em questão foi, segundo Marco Martins, a única forma de "garantir que não se vai mexer nos cadáveres" e de resolver "de uma vez por todas o problema" que está "há 22 anos anos na Justiça", ou seja, desde 2001.
"Desde 2019 que tentamos chegar a acordo, a questão é que não conseguimos acautelar a totalidade dos herdeiros e não adianta resolver agora uma parte do problema e deixar outra por resolver senão, daqui a 20 anos, quem estiver a desempenhar as funções que agora eu desempenho vai ter o mesmo problema em mãos e as famílias vão continuar na incerteza. Portanto, esta é a única forma que temos de resolver o problema de uma vez por todas e no imediato", sublinhou, acrescentando que a Câmara de Gondomar "não quer prejudicar ninguém, mas não pode continuar a deixar protelar esta insegurança das famílias".
"Desde a semana passada que há pessoas que choram, que passam a noite à porta do cemitério, são pessoas de 70, 80, 90 anos que vão lá com regularidade ver os familiares e que têm a expetativa de um dia ir para lá [...]. O que nós queremos é tranquilidade e permitir que quer os mortos quer os vivos fiquem em paz", concluiu.
Recorde-se que a Câmara de Gondomar avançou com o processo de expropriação dos terrenos onde está situado o cemitério n.º 2 de Rio Tinto para evitar retirar mais de mil mortos ali sepultados, como ordenou o tribunal.
A decisão de expropriar aqueles terrenos será votada esta sexta-feira na reunião da autarquia, decorre da sentença do Tribunal Judicial da Comarca do Porto, através do Juízo de Execução de Valongo.
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