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"Manobra negocial". Cirurgiões do Amadora-Sintra apresentam rescisão

Em causa estará, de acordo com fonte do Hospital, uma "manobra negocial" e de "pressão" que surge na véspera de uma "última ronda negocial" com o recém-nomeado Conselho de Administração.

"Manobra negocial". Cirurgiões do Amadora-Sintra apresentam rescisão
Notícias ao Minuto

19:00 - 10/07/23 por Ema Gil Pires

País Amadora-Sintra

Vários elementos do serviço de cirurgia geral do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, também conhecido como Hospital Amadora-Sintra, terão apresentado cartas de rescisão dos seus contratos, numa iniciativa de protesto contra a readmissão nos seus serviços de colegas que denunciaram alegados casos de má prática clínica na unidade hospitalar.

A notícia foi primeiramente avançada pelo Expresso e confirmada pelo Notícias ao Minuto junto de fonte do hospital, que deu conta de que em causa estará uma "manobra negocial" e de "pressão" que surge na véspera de uma "última ronda negocial" com o recém-nomeado Conselho de Administração do Hospital.

Ao que foi possível apurar, 11 cirurgiões desta unidade hospitalar ameaçaram abandonar funções, com oito deles a terem mesmo apresentado as respetivas cartas de rescisão, com "efeitos para o final de agosto", revelou a fonte contactada pelo Notícias ao Minuto.

Tudo isto acontece numa altura em que se prepara o regresso ao serviço, já em agosto, de dois profissionais que denunciaram alegados casos de más práticas que teriam levado à mutilação ou ao óbito de doentes. Após suspensos por 90 dias por acesso indevido a dados clínicos de doentes para fundamentar as suas acusações, os profissionais - entre eles o antigo diretor da cirurgia geral - serão agora reintegrados no Hospital.

Questionada sobre o tema, a unidade hospitalar refere que em causa estão "alegações infundadas", ainda que o Expresso ressalve que uma peritagem da Ordem dos Médicos tenha dado como comprovada uma situação de má prática cirúrgica, que resultou no óbito de uma pessoa.

Os cirurgiões que ameaçam agora abandonar o Hospital Amadora-Sintra mostram-se contra esta reintegração, mas a fonte contactada pelo Notícias ao Minuto mostra-se confiante de que a "situação será resolvida", agora que a unidade hospitalar já voltou a ter uma administração "com legitimidade para tomar decisões". Tal poderá passar por garantir que as partes envolvidas no conflito sejam integradas "em serviços distintos", de modo a "que não se perca metade do serviço de cirurgia".

Caso a ameaça seja levada avante, a equipa cirúrgica do Hospital Amadora-Sintra sofrerá um claro desfalque, embora o hospital garanta que a equipa de cirurgiões continuaria a ser composta por "mais de 10" elementos caso a rescisão se efetivasse.

Leia Também: Governo nomeia conselho de administração do Amadora-Sintra

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