"Tragédia". Morreram dois cães que caíram a lago de petróleo no Seixal
Os relatório veterinários dão conta que "a morte destes dois canídeos deu-se pela ingestão, inalação e principalmente aspiração de grandes quantidades de produtos derivados do petróleo".
© iStock
O IRA - Intervenção de Resgate Animal anunciou, esta sexta-feira, a morte de dois cães - um macho e uma fêmea -, após caírem num lago de petróleo no concelho do Seixal no passado dia 26 de abril.
Os animais, Diesel e Petra, foram resgatados por elementos dos Bombeiros Voluntários do Seixal e Camarate e do IRA, tendo sido transportados de urgência para um hospital veterinário.
Os dois patudos acabaram por não resistir e morreram. De acordo com os relatórios veterinários e da necrópsia realizados pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, foi agora possível apurar as causas da morte dos animais.
"A morte destes dois canídeos, um macho e uma fêmea, referidos durante o relatório como Diesel e Petra, deu-se sem qualquer sombra de dúvida, pela ingestão, inalação e principalmente aspiração de grandes quantidades de produtos derivados do petróleo", revela o IRA, citando os relatórios veterinários, declarando que ambos "desenvolveram um Síndrome de Resposta Inflamatória Sistémica, por contacto dérmico, inalação, ingestão e aspiração de produtos derivados do petróleo, que tem uma capacidade pró inflamatória e de necrose".
"A cadela Petra aspirou maior conteúdo e quando se apresentou na urgência do hospital, já vinha com severas dificuldades respiratórias. O Diesel, demorou mais tempo, pois as lesões de pneumonite, ou seja, inflamação dos pulmões, demorou mais a instalar-se, mas em ambos as trocas gasosas nos alvéolos foi impossibilitada", revela ainda a instituição numa publicação na rede social Facebook, na qual partilha imagens chocantes do estado dos animais, que o Notícias ao Minuto preferiu não divulgar.
A conclusão do relatório é que "a morte se deveu ao facto de estes animais terem caído no lago de crude do terreno em causa" e "sem este derrame, a morte dos animais não existiria". "Os dois meninos estavam no sítio errado, à hora errada, acabando em tragédia", lamenta, por fim, o IRA.
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