Meteorologia

  • 04 JUNHO 2024
Tempo
26º
MIN 18º MÁX 30º

Enfermeiros criticam "inoperância" do centro hospitalar do Algarve

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) criticou hoje a "indecisão e inoperância" do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) na contabilização de pontos para progressão nas carreiras, admitindo que as formas de luta se agudizem.

Enfermeiros criticam "inoperância" do centro hospitalar do Algarve
Notícias ao Minuto

20:45 - 14/02/23 por Lusa

País Saúde

"Neste cenário de indecisão e de inoperância por parte da administração [do CHUA], naturalmente que os enfermeiros ficarão muito mais insatisfeitos e é expectável que as formas de luta se venham a agudizar", disse aos jornalistas José Carlos Martins, após uma reunião com o conselho de administração do CHUA, em Faro.

Depois de as duas partes se terem reunido já em 12 de janeiro, a reunião de hoje surgiu depois de uma greve parcial de duas horas, em 02 de fevereiro, e de uma greve aos turnos da manhã e da tarde, em 08 de fevereiro.

Os enfermeiros exigem o cumprimento do decreto-lei de 28 de novembro do ano passado, relativo à contagem de pontos para a avaliação do desempenho dos enfermeiros à data da transição para as carreiras de enfermagem e especial de enfermagem.

O CHUA gere os hospitais de Faro, Portimão e Lagos e os Serviços de Urgência Básica de Lagos, Albufeira, Loulé e Vila Real de Santo António.

O presidente do SEP considerou "inadmissível" que a administração do centro hospitalar do Algarve decida "não pagar retroativos desde 2018" e "não corrigir as designadas injustiças relativas".

"Ou seja, não atribui os justos e legais pontos aos enfermeiros que já são enfermeiros graduados, aos enfermeiros que tiveram a especialidade da formação em serviço, aos enfermeiros promovidos a especialistas e aos enfermeiros-chefes entre 2004 e 2009. Como se não fosse suficiente, também não contam atribuir pontos a quem inicia funções no segundo semestre", salientou José Carlos Martins.

Ressalvando que o CHUA "ainda só decidiu atribuir pontos aos enfermeiros que no seu percurso tiveram um vínculo precário", o dirigente sindical acrescentou, porém, que "ainda não decidiram atribuir pontos a quem esteve a recibo verde".

"Chegamos ao dia de hoje sem solução praticamente de nada, quando muitas instituições já resolveram uma grande mancha destes problemas", reforçou o líder do SEP, criticando "uma grande impassividade" do CHUA em "apreciar o diagnóstico e decidir em conformidade, de forma justa e de forma legal".

De acordo com José Carlos Martins, a administração do CHUA considera que "a questão é muito complexa" e que "têm de ter algum conforto da tutela em relação a algumas orientações", justificações que o SEP não aceita.

"De 28 de novembro, data em que saiu o decreto-lei, até à data de hoje, há mais do que tempo suficiente para termos um outro ritmo de resolução de problemas, como está a acontecer noutros sítios", frisou, assinalando ainda que, no CHUA, sucede "uma coisa única no país": os enfermeiros com contrato de trabalho em funções públicas "ainda nem sequer receberam a comunicação dos pontos".

Neste cenário, apontou o presidente do SEP, "não restam alternativas aos enfermeiros, porque a administração, pela sua indecisão, está a empurrar os enfermeiros para formas de luta, inevitavelmente".

Já estão marcados dois plenários, nos dias 24 e 27 de fevereiro, em Faro e Portimão, respetivamente, em que serão propostos e avaliados os próximos passos no quadro de contestação à administração do CHUA.

Leia Também: Centro Hospitalar do Baixo Vouga aumentou atividade em 20% em 2022

Recomendados para si

;
Campo obrigatório