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BCG confirma que PJ esteve nos seus escritórios em Lisboa

A Boston Consulting Group (BCG) disse hoje que a Polícia Judiciária esteve no seu escritório em Lisboa, confirmando notícias que davam conta da realização de diligências pelas autoridades também na consultora.

BCG confirma que PJ esteve nos seus escritórios em Lisboa
Notícias ao Minuto

22:25 - 18/01/23 por Lusa

País Polícia Judiciária

"Confirmamos que a Polícia Judiciária esteve presente no escritório em Lisboa. É política da BCG cooperar com as autoridades", disse fonte oficial em resposta escrita à Lusa, acrescentando que, uma vez que se trata de uma investigação em curso, a consultora não pode "fazer mais comentários".

Antes, já o EuroBic tinha dito que a sua sede em Lisboa tinha sido alvo de diligências.

"Na sequência das notícias vindas a público, o EuroBic comunica que foram hoje realizadas diligências judiciais na sua sede", refere fonte oficial da instituição bancária numa resposta por escrito à Lusa, salientando que está "legalmente vinculado a não adiantar quaisquer informações sobre as mesmas".

Ainda assim, acentua a mesma fonte oficial, "tal facto não impede o EuroBic de reafirmar a sob posição de completa cooperação e 'full disclosure' [completa transparência] relativamente às autoridades judiciais".

A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou hoje buscas do Ministério Público (MP) a empresas de consultadoria e a uma entidade bancária, a pedido das autoridades angolanas.

"Confirma-se a realização de buscas em execução de pedido de cooperação judiciária internacional recebido das autoridades angolanas. As diligências têm lugar em empresas de consultoria e numa entidade bancária e são dirigidas pelo Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP)", respondeu a PGR à agência Lusa.

O pedido surge na sequência de notícias do Observador e da Visão, que dão conta de que a PJ fez, no início desta semana, buscas em Lisboa, às consultoras BCG e Pricewaters Coopers (PwC) e ao banco Eurobic.

A Lusa questionou também a PwC sobre estas buscas e não obteve resposta.

Segundo informações recolhidas pela Visão, estas diligências foram realizadas a pedido das autoridades angolanas no âmbito da investigação a Isabel dos Santos, empresária que, apesar do mandado internacional de captura emitido pela Interpol, continua a partilhar nas redes sociais a sua vida quotidiana no Dubai.

A Visão adianta que a carta rogatória enviada pela Procuradoria-Geral da República angolana para a congénere portuguesa solicitava a apreensão de documentos nas duas consultoras, entidades que, segundo a investigação angolana, apenas terão servido para o desvio de dinheiro da Sonangol.

Por sua vez, nos processos em Portugal, a empresária tem alegado que ambas as consultoras prestaram, efetivamente, serviços à petrolífera angolana no âmbito de um processo de reestruturação levado a cabo durante o seu mandato.

O universo de investigações a Isabel dos Santos, em Portugal, não se circunscreve ao alegado desvio de fundos da Sonangol. Ao todo, correm 17 processos contra a empresária angolana, escreve a revista, adiantando que, segundo fonte judicial, o resultado destas investigações deverá, em grande parte, ser remetido para Angola, país onde terão ocorrido os crimes precedentes ao branqueamento de capitais de que Isabel dos Santos é suspeitas em Portugal.

Em dezembro de 2022, o Tribunal Supremo angolano determinou o arresto preventivo dos bens de Isabel dos Santos, avaliados em mil milhões de dólares (941 milhões de euros), nomeadamente 100% das participações sociais da empresa Embalvidro, onde a arguida é beneficiária efetiva.

Segundo o acórdão, revelado pela agência Lusa, a câmara criminal do TS referiu que o arresto abrangia também a todos os saldos bancários de depósitos à ordem tituladas ou co-tituladas, sediadas em todas as instituições bancárias, incluindo as contas de depósito a prazo, outras aplicações financeiras que estejam associadas ou dossiês de títulos em nome de Isabel dos Santos.

O despacho do supremo tribunal angolano, datado de 19 de dezembro de 2022, indicou que, entre os bens indicados a arrestar, estão 70% das participações sociais na empresa UPSTAR Comunicação que a "arguida é beneficiária efetiva".

Leia Também: EuroBic confirma buscas na sede a pedido de autoridades angolanas

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