Seca. Zero culpa Espanha por falta de água nos caudais e pede mais ação

A associação ambientalista assinala o início do novo ano hidrológico com um balanço pessimista sobre a situação da seca no país.

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30/09/2022 14:53 ‧ 30/09/2022 por Notícias ao Minuto

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A associação ambientalista ZERO assinala o Dia Nacional da Água e o início do novo ano hidrológico, lamentando o "desrespeito" de Espanha pela Convenção da Albufeira e que ocasião seja marcada pela seca que "obriga a repensar urgentemente a gestão das necessidades e do desperdício de água".

Num comunicado divulgado esta sexta-feira, a associação realça que a situação de seca é "resultado de um uso excessivo da água na agricultura em Espanha" e pela "falta de planeamento dos caudais ao longo do tempo", considerando a situação um "precedente grave".

"Portugal e Espanha falharam no trabalho de planeamento e gestão das bacias hidrográficas, e Portugal está a ter um prejuízo significativo em termos de qualidade da água, de produção hidroelétrica e noutras atividades, pelo que deveria exigir fortes contrapartidas a Espanha, nomeadamente a definição de caudais ecológicos que garantam a sobrevivência dos ecossistemas", alerta a Zero.

Relativamente à situação de seca que se abate por todo o país - 60,4% do país encontra-se em seca severa e 39,6% em seca extrema -, a organização ambientalista explica que o contexto deixa Portugal "numa situação de grande vulnerabilidade no que respeita à sua segurança hídrica", pedindo que se mude as "políticas públicas destinadas a garantir a oferta de um recurso que será cada vez mais escasso, quando deveria existir a preocupação de limitar a procura, particularmente pelo setor agrícola".

Primeiro, pede a Zero, está "reduzir o desperdício de água". E, para isso, a associação sugere a "atribuição de um preço justo ao recurso água que reflita os reais custos com a sua captação, tratamento e distribuição".

"Este é um elemento essencial para que o recurso seja valorizado enquanto bem escasso que é. Trata-se de algo que exige coragem política do governo e de autarcas e que deve sempre salvaguardar os mais vulneráveis", apela.

A Zero aproveita ainda para criticar a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), realçando que o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH) está "ultrapassado" e que é preciso atualizar as "ferramentas de divulgação de informação acessível, rigorosa a atualizada capazes de promover e incentivar a participação pública" - algo que a APA terá prometido, mas que a Zero diz não ter sido ainda feito.

Leia Também: "A gravidade da seca em Portugal é realmente impressionante"

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