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Brasil. Coletivo Andorinha pede mais segurança para votar em Lisboa

O Coletivo Andorinha entregou na terça-feira uma carta no consulado-geral do Brasil em Lisboa a exigir mais segurança para os brasileiros que residem em território português e que irão votar no domingo para as eleições no seu país.

Brasil. Coletivo Andorinha pede mais segurança para votar em Lisboa
Notícias ao Minuto

18:30 - 28/09/22 por Lusa

País Presidenciais do Brasil

Na missiva, dirigida ao cônsul-geral do Brasil em Lisboa, Wladimir Valler Filho, a que a Lusa teve hoje acesso, os membros do Coletivo Andorinha - Frente Democrática Brasileira de Lisboa manifestam preocupação em relação à forma como irá decorrer a votação para as eleições gerais do seu país em Portugal, nomeadamente por questões de segurança.

"É de conhecimento público o ambiente de violência política em torno deste pleito, o que, por si só, exigiria uma preparação maior para garantir o livre exercício do direito ao voto também em Portugal", afirmam.

Recordando que, em 2018, durante a primeira volta, houve "casos de agressão e desrespeito registados por grupos organizados em torno do atual Presidente da República, hoje candidato à reeleição", Jair Bolsonaro, os membros do Coletivo Andorinha "reforçam a necessidade de uma preparação consistente para que os eleitores e eleitoras tenham acesso ao local de votação, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, sem constrangimentos ou riscos, bem como possam, já dentro do prédio, ter liberdade para o exercício democrático".

Segundo a imprensa brasileira e portuguesa, o consulado de Lisboa, com maior número de inscritos fora do Brasil, regista 45.273 eleitores, um aumento superior a 100% em relação às eleições presidenciais de 2018, sublinha o Coletivo Andorinha.

"No entanto, a estrutura oferecida pelo consulado se limita a um aumento de cinco para 10 seguranças privados, deixando a cargo da Polícia de Segurança Pública portuguesa o entorno da Universidade", criticam.

Além das questões de segurança, o coletivo defende que os eleitores também não conhecem as regras que devem seguir quando se deslocam aos locais de votação.

"Os eleitores e eleitoras também não sabem as regras que devem seguir ao se dirigir aos locais de votação, bem como os canais de denúncia e apoio em caso de descumprimento das mesmas", afirma no documento.

Assim, exigem que o consulado esteja preparado para enfrentar distúrbios e tentativas de tumultos.

"Exigimos como cidadãos e cidadãs no pleno exercício de nossos direitos individuais que o consulado do Brasil em Lisboa esteja preparado para enfrentar quaisquer distúrbios e tentativas de tumultuar as eleições e que todos as eleitoras e eleitores possam se dirigir ao local de votação, dentro dos limites da lei eleitoral brasileira, sem medo de expressar suas preferências e sem serem alvo de constrangimentos, intimidação ou outras formas de violência", concluem.

Em 31 de agosto, o cônsul-geral do Brasil em Lisboa, Wladimir Valler Filho, anunciou que havia um total de 80.896 eleitores brasileiros registados para votarem em Portugal. Só o consulado de Lisboa, com maior número de inscritos fora do Brasil, registava 45.273 eleitores, um aumento superior a 100% relativamente às anteriores eleições presidenciais, em 2018, revelou o diplomata.

Ao todo, são 11 os candidatos que disputam as próximas presidenciais no Brasil. Caso nenhum dos candidatos obtenha a maioria de 50% mais um voto em 02 de outubro, a segunda volta realiza-se com os dois mais votados no dia 30.

Leia Também: Polícia brasileira investiga 8 candidatos ligados a crime organizado

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