"A epidemia de Covid-19 mantém uma incidência muito elevada, embora com tendência decrescente" em Portugal, de acordo com o mais recente relatório de monitorização da situação epidemiológica da Covid-19, realizado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que aconselha a que sejam mantidas "medidas de proteção individual" e "a vacinação de reforço".

Segundo o relatório, esta sexta-feira divulgado, o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2  por 100.000 habitantes, acumulado nos últimos sete dias, foi de 284 casos, "com tendência decrescente a nível nacional", à semelhança do que tem vindo a acontecer nas semanas anteriores.

Esta tendência é registada "em todas as regiões exceto na Região Autónoma dos Açores, que apresentou uma tendência estável".

Já o Índice de Transmissibilidade - R(t) - "apresentou um valor inferior a 1 a nível nacional e em todas as regiões", o que também "indica uma tendência decrescente de novos casos".

No que diz respeito às pessoas com Covid-19 internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), o número revelou uma "tendência estável" no continente, "correspondendo a 21,2% (no período anterior em análise foi de 19,2%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas".

O documento indica que "a razão entre o número de pessoas internadas e infetadas foi de 0,20, indicando uma menor gravidade da infeção, à semelhança do observado desde o início de 2022".

À semelhança do novos casos, também a mortalidade específica por Covid-19 apresenta uma "tendência decrescente", sendo de 17,7 óbitos em 14 dias por 1.000.000 de habitantes. 

"A mortalidade por todas as causas encontra-se acima do limite superior do valor esperado para a época do ano, indicando um excesso de mortalidade por todas as causas, em parte associado à mortalidade específica por Covid-19", alerta o relatório.

A linhagem BA.5 da variante Omicron "continua a ser claramente dominante em Portugal", apresentando "uma frequência relativa estimada de 95% na semana 28 (11/07/2022 a 17/07/2022)". O relatório volta a sublinhar, como é habitual, que  esta linhagem "tem revelado uma maior capacidade de transmissão, a qual é potencialmente mediada por mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e/ou pela sua capacidade de evasão à resposta imunitária".

A DGS e o INSA defendem que "deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica da Covid-19, recomendando-se a manutenção das medidas de proteção individual, a vacinação de reforço e a comunicação frequente destas medidas à população".

É de realçar que os dados hoje divulgados mostram que Portugal registou mais 29.277 casos e 72 óbitos na última semana.

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