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"Temo pelo futuro de um país que não seja justo, igual e solidário"

Em entrevista à Rádio Renascença, o novo bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, faz uma crítica ao arrastamento da crise e à má distribuição dos sacrifícios, acrescentando que sofre por ter de ver diversos jovens abandonar o seu país para terem de trabalhar.

"Temo pelo futuro de um país que não seja justo, igual e solidário"
Notícias ao Minuto

11:02 - 09/04/14 por Notícias Ao Minuto

País Bispo do Porto

“Quero acreditar que estamos no limite da austeridade. Vivemos uma crise por de mais arrastada. Se estas medidas tiverem de continuar, que os sacrifícios sejam distribuídos por igual e que não pese sobre aqueles que mais precisam e mais sofrem e para quem o pão é insuficiente, para quem o emprego não se encontra e para quem a educação dos filhos está a ser posta em causa”, foi assim que António Francisco dos Santos, Bispo do Porto, caracterizou o período que Portugal vive.

Noutro ponto, o Bispo afirma a sua incredulidade relativamente ao abandono escolar e à falta de condições para se manterem na faculdade. “Sinto a dor de ver hoje que há jovens que não seguem para a Universidade e que há outros que abandonam os seus cursos, porque os pais perderam ou não têm emprego ou não têm condições”.

Em jeito de conclusão, D. António revela ainda o seu descontentamento face ao êxodo de jovens para o estrangeiro, que são obrigados a emigrar para prosseguir o seu desenvolvimento académico e profissional: “As dificuldades hoje são grandes. A emigração é maior por causas e razões que eu pensava que no nosso tempo não se repetiriam. Muitas vezes emigrar não é uma decisão livre”, revelando-se também temeroso pelo futuro do país: “Temo pelo futuro de um país que não seja justo, igual e solidário”.

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