"Este Governo da Região Autónoma dos Açores propõe-se fazer uma mudança de paradigma, incluindo o nível de execução não pela quantidade, mas pela qualidade, e a orientação dos fundos comunitários para o sucesso", declarou José Manuel Boleiro, na vila de Capelas, na escola de formação profissional local, onde se deslocou para assinalar com os alunos o Dia da Europa.
O Dia da Europa, que é comemorado em 09 de maio, resulta do Conselho Europeu de Milão (Itália), de 28 e 29 de junho de 1985, e foi celebrado pela primeira vez em 1986.
Boleiro foi questionado no final da sessão, pelos jornalistas, com o facto de os Açores, apesar de receberem volumosos envelopes financeiros, não conseguirem convergir com a União Europeia, tendo vários países do leste europeu, que possuíam um PIB inferior ao nacional e regional, já ultrapassado Portugal.
O líder do executivo açoriano, de coligação PSD/CDS-PP/PPM, propõe-se a apostar na educação e qualificação profissional como "essenciais para garantir" a convergência, tendo admitido que "não é uma tarefa fácil tendo em conta os constrangimentos próprios da ultraperiferia, da reduzida dimensão da demografia e da economia".
"Mas com políticas acertadas vai-se promover essa convergência", no quadro de uma "autonomia de resultados" para a economia e para as pessoas, salvaguardou.
O chefe do executivo açoriano, durante a sessão de perguntas com os alunos da escola de formação profissional, abordou as relações laborais para referir que, no âmbito da estratégia de valorização profissional, pretende-se que o "percurso laboral e da relação entre a entidade trabalhadora e o trabalhador devidamente qualificado comece a promover vínculos estáveis e melhores remunerados".
José Manuel Boleiro quer acabar com a "tendência de aproveitar fundos comunitários para vínculos precários e programas ocupacionais, que são injustos".
O governante, na sequência do conflito bélico na Ucrânia, declarou perante os jovens alunos que "não se deve ter nada como adquirido, nem a própria democracia nem a paz", sendo estas "sempre uma conquista".
Daí que o exercício de cidadania "seja essencial para a formação de uma opinião pública mais consciente dos riscos", de acordo com Bolieiro.
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