Falta de controlo do ruído pode levar a crise de saúde pública, diz Zero
A associação ambientalista Zero considerou hoje "desastrosa" a falta de mapas e de planos para controlar e diminuir os níveis de ruído, alegando que a ausência de medidas pode levar a uma crise de saúde pública.
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País Zero
No Dia Internacional de Sensibilização para o Ruído, a Zero defendeu que esta deve ser uma prioridade ambiental do Governo.
Para a Zero, o ruído está a converter-se "numa epidemia", que pode representar "a próxima grande crise" de saúde pública.
"Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Agência Europeia do Ambiente (AEA) revelam que, a seguir à poluição do ar, a poluição sonora é a que tem mais impacto na saúde e na vida das pessoas a curto e a longo prazo", refere a associação em comunicado, considerando que a questão é "subestimada e negligenciada".
"É um problema generalizado na Europa, com pelo menos uma em cada cinco pessoas exposta a níveis considerados prejudiciais para a saúde, ou seja, 20% da população", lê-se no documento.
Segundo a Zero, a maioria das cidades portuguesas regista valores de ruído acima do limite legal estabelecido na legislação nacional e europeia em vigor.
"Dados recentes da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) revelam que 20% da população residente em Portugal Continental (cerca de 2 milhões de pessoas) está exposta a níveis sonoros que induzem perturbações no sono e 15% (1,5 milhões de pessoas) está exposta a níveis associados a incomodidade moderada", especificou a associação.
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