Segundo o boletim de vigilância tornado público na manhã desta sexta-feira, "foram detetados 39 casos de coinfeção pelos vírus da gripe e SARS-CoV-2", na semana de 7 a 13 de março, o que deixa a atividade gripal em Portugal “com tendência crescente”, registando-se “atividade epidémica disseminada”.
De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), a taxa de incidência gripal é de 43,5 por 100 mil habitantes e a taxa de incidência de infeção respiratória aguda de 43,5 por 100 mil habitantes.
Nesta semana, em que foram detetados quatro casos de gripe A, subtipo A(H3), a Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe contabilizou 447 casos positivos para o vírus da gripe, dos quais 398 do tipo A, 8 do tipo B, e 41 não tipados. Em 52 dos casos foi identificado o subtipo A(H3).
O relatório avança que foram registados dois casos de gripe em 17 Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) e, em ambos, foi identificado o vírus Influenza A, sendo 1 do subtipo A (H3) e 1 não subtipado. Foi ainda reportado um caso de gripe em 3 enfermarias, onde também foi identificado o vírus Influenza A (H3N2).
No documento é ainda referida “a tendência crescente de atividade gripal na região europeia”, sendo que, na semana anterior, dez países - nomeadamente Eslovénia, Dinamarca, Hungria, França, Luxemburgo, Noruega, Espanha, Suíça, Moldávia e Reino Unido - apresentaram uma taxa de deteção laboratorial do vírus da gripe acima de 10%.
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