Meteorologia

  • 11 MAIO 2024
Tempo
15º
MIN 15º MÁX 23º

Marcelo agradece a comunidade ucraniana trabalho feito "ano após ano"

O Presidente da República agradeceu esta sexta-feira à comunidade ucraniana o trabalho que têm feito em Portugal, considerando que o que os portugueses podem fazer agora "não é nada comparado com aquilo que eles têm feito".

 Marcelo agradece a comunidade ucraniana trabalho feito "ano após ano"
Notícias ao Minuto

06:32 - 12/03/22 por Lusa

País Apoio

O Presidente da República discursava no Teatro São Luiz, em Lisboa, no final do espetáculo "Lisboa Solidária -- Concerto pela Ucrânia", onde atuaram artistas como Jorge Palma, Camané, ou Carminho, e discursou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, a embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets, e a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Durante a sua intervenção, Marcelo abordou a receção, na quinta-feira, de 260 refugiados ucranianos no aeródromo militar de Figo Maduro, em Lisboa, relembrando que, quando entrou no avião onde se encontravam os cidadãos ucranianos, estes disseram-lhe, durante "longos minutos", "em português e em coro", "obrigado Portugal".

"De repente, eu percebi que há momentos na vida em que vale a pena fazer a política, [em que] se percebe o que é servir os outros. E eu queria dizer hoje aos 28 mil ucranianos que vivem em Portugal: obrigado, obrigado. Aquilo que possamos fazer agora (...) não é nada [comparado] com aquilo que eles têm feito ano após ano", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado recordou o trabalho feito por ucranianos em "tantas famílias portuguesas, em tantos lares portugueses, em tantas IPSS, em tantas misericórdias, em tanto serviço dos outros, com qualificações que apontariam para outros empregos, e estando a desempenhar funções, e estando a servir a comunidade portuguesa, estando a criar riqueza e a distribuir riqueza".

"Nós estamos gratos. Tudo o que possamos fazer não é nada comparado com aquilo que tendes feito ao longo destes anos. Obrigado ucranianos, obrigado Ucrânia", reforçou, antes se dirigir à plateia do Teatro São Luís para agradecer aos presentes por terem afirmado "a liberdade, a democracia e a paz contra a guerra".

Intervindo antes do Presidente da República, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Viera da Silva, informou que, até agora, "já mais de 5.500 ucranianos e ucranianas pediram proteção internacional a Portugal", saudando o esforço feito pela sociedade portuguesa, pelo "Governo, Câmara Municipal de Lisboa, outras câmaras municipais e muitas instituições da sociedade".

"É o momento de agradecer a todos e esperar que esta união que as diferentes instituições têm em Portugal possa fazer da nossa resposta, e deste acolhimento, um abraço mais forte que chegue à Ucrânia", frisou.

Também a embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets, subiu ao palco do Teatro São Luiz para expressar a sua "admiração pela solidariedade do povo português com o povo ucraniano, o povo ucraniano que está a lutar nesta situação muito, muito complicada, quando a Rússia desencadeou a invasão da Ucrânia".

"Posso dizer que vamos lutar e vamos vencer. O nosso país está liderado pelo Presidente Volodymyr Zelensky que mostra um heroísmo incrível, e isso significa que não vamos desistir. Glória à Ucrânia, força Portugal, obrigada, obrigadíssima", frisou.

Já o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, abordou a assinatura da declaração Schuman, a 09 de maio de 1950, para referir que a "Europa foi sempre guerra", mas que foi nesse dia, há 70 anos, que "um homem inventou aquilo que é hoje a União Europeia", pondo fim ao belicismo no continente europeu.

"Essa paz foi construída com as armas que são a cultura, a tolerância, a moderação e a diversidade. É isso a Europa e é [por] isso que temos que lutar. É isso que eu quero que Lisboa seja sempre: a cidade aberta, a cidade da diversidade cultural, a cidade da diversidade das religiões, a cidade da diferença", indicou.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 549 mortos e mais de 950 feridos entre a população civil e provocou a fuga de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório