Francisca Van Dunem exonera diretora financeira do SEF
Em causa estão alegadas despesas irregulares feitas por Cristina Landeiro.
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País SEF
A diretora de Gestão do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Cristina Landeiro, foi exonerada pela ministra da Justiça e da Administração Interna, Francisca Van Dunem, no âmbito da investigação de que está a ser alvo ligada ao alegado uso de dinheiro público, revela um despacho publicado esta quinta-feira em Diário da República.
Datado de 5 de janeiro, o documento indica que Van Dunem dá “por finda, a seu pedido, a comissão de serviço no cargo de diretora central de Gestão e Administração do SEF da licenciada Cristina Landeiro Rodrigues”, com efeito a partir de dia 8 do mesmo mês.
Segundo o Diário de Notícias (DN), Landeiro estaria a ser investigada pela Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI), de modo a "apurar eventuais irregularidades financeiras ocorridas na mesma instituição". Apesar do despacho, o caso ainda "se encontra a correr termos na IGAI".
Recorde-se que a TVI teve acesso a faturas de despesas tidas como irregulares, entre as quais “refeições e bebidas alcoólicas, como mojitos”, autorizadas pelo diretor nacional adjunto, José Barão.
“Usou dinheiro do SEF, por exemplo, para pedir sushi através de uma plataforma de entregas ao domicílio, apresentando depois a despesa de 30 euros, que foi paga no próprio dia. Mais uma vez era uma "despesa urgente, imprevisível e inadiável". Dois dias depois, Cristina Landeiro terá voltado a almoçar fora e a pôr na conta do SEF. Desta vez, num restaurante em Queluz de Baixo, onde pagou 51 euros por cinco doses de lagartinhos e uma dose de pataniscas, avançou a TVI, na altura.
Por sua vez, o ex-ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, terá autorizado seis mil euros para o pagamento de uma pós-graduação em ‘Programa avançado de gestão e avaliação de projetos’, na Universidade Católica, desvendou a CNN Portugal.
Escolhida por Eduardo Cabrita, e por Botelho Miguel, diretor nacional do SEF, Cristina Landeiro entrou no organismo em regime de substituição, e, ainda que sem experiência na área das migrações e asilo, alcançou, em dois anos, o cargo de diretora.
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