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Sindicatos internacionais também denunciam precariedade dos professores

Um relatório divulgado hoje pela Federação Nacional da Educação (FNE) revela que os sindicatos internacionais também denunciam a precariedade na profissão docente e falam em professores "sobrecarregados, mal pagos e subestimados".

Sindicatos internacionais também denunciam precariedade dos professores
Notícias ao Minuto

13:38 - 12/10/21 por Lusa

País Professores

As conclusões são de um inquérito promovido pela Internacional da Educação (IE), que auscultou em 2020 128 líderes sindicais em 94 países, incluindo a FNE, sobre a "situação global dos professores e da profissão docente".

Em comunicado, a estrutura sindical portuguesa resume que o relatório aponta a falta de condições de todo o sistema para atrair uma nova geração de jovens educadores para a profissão, e a contínua falta de professores em muitos países do mundo.

"Os professores em todo o mundo estão sobrecarregados, mal pagos e subestimados", referem, citando os resultados do inquérito em que mais de 43% dos dirigentes sindicais considerou que os salários são baixos, as condições estão a deteriorar-se e a infraestrutura para apoiar o ensino não é uma prioridade para o investimento dos governos.

Por outro lado, cerca de metade (48%) afirmaram que a docência não é uma profissão atrativa para os jovens, levando ao abandono da profissão, e 60% denunciam o uso de contratos temporários para empregar professores e académicos, o que revela, no entender da FNE, que a precariedade está a aumentar.

"O encerramento de escolas em todo o mundo aumentou a valorização dos professores e do trabalho que realizam com os seus alunos, por parte da sociedade, mas essa consciencialização não gerou melhorias estruturais", lamenta a estrutura sindical.

Além dos salários e das condições de trabalho precárias, o relatório aponta ainda um sentimento de sobrecarga, com cerca de 55% dos inquiridos a afirmarem que o volume de trabalho era incontrolável, durante o período da pandemia da covid-19, e 66% a assumirem que os requisitos "administrativos" contribuíam para as pressões excessivas da carga de trabalho.

No mesmo comunicado, a FNE cita o secretário-geral da IE, David Edwards, que defende a necessidade de investimentos urgentes nos professores e nos alunos por parte dos governos e de aumentar os salários dos professores e reduzir a carga de trabalho.

São "medidas que a FNE tem reivindicado desde há muito também em Portugal", sublinha a estrutura sindical.

Da parte dos inquiridos, as recomendações passam por melhorar o estatuto da profissão, sobretudo no que respeita ao salário e às condições do exercício profissional, designadamente  a carga de trabalho.

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