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Reitor da UP alerta que é preciso admitir aumento de abandono escolar

O reitor da Universidade do Porto alertou hoje que "em abstrato" é preciso admitir um possível aumento do abandono escolar por causa dos efeitos da pandemia no rendimento das famílias e que este será um ano de "desafios extra".

Reitor da UP alerta que é preciso admitir aumento de abandono escolar
Notícias ao Minuto

13:11 - 01/10/21 por Lusa

País Ensino Superior

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"Em abstrato nós temos que admitir que possa haver um aumento do abandono escolar. Há naturalmente muitas famílias que perderam rendimentos e parece óbvio que foi alargada a base social de recrutamento do Ensino Superior, o que significa que temos que ter preocupações acrescidas", afirmou António de Sousa Pereira, à margem de uma visita do ministro do Ensino Superior à Faculdade de Economia da Universidade do Porto (UP).

O responsável salientou que "em concreto" não há ainda informação sobre os números do abandono escolar resultante da pandemia de covid-19, apontando que a UP terá em atenção "o sistema de atribuição de apoios sociais, a oferta de alojamentos a preços controlados que os torne acessíveis às famílias e a identificação de problemas de integração na universidade, que devem ser diagnosticados o mais precocemente possível para poderem ser tomadas medidas".

Segundo António Sousa Pereira, "Vai ser agora com o início do novo ano que se vai ter a correta perceção daquilo que foi verdadeiramente o abandono escolar nos tempos da pandemia".

"Eu diria que vai ser um ano de desafios extra", realçou.

Questionado sobre as críticas à abertura de um curso de Medicina por uma instituição de Ensino Superior privada, o responsável pela UP, que é médico de formação, considerou que a sua preocupação é que "não se abdique da qualidade".

"A minha preocupação é que não se abdique nunca da qualidade e, nesse sentido, para mim não me causa nenhum tipo de obstáculo ter cursos de iniciativa privada ao lado de cursos de iniciativa estatal. Os recursos públicos são limitados e se há iniciativa privada, nada contra que ela aconteça, o critério está em que a formação tem que ter qualidade", disse.

António Sousa Pereira salientou que "desde que Portugal aderiu à união europeia que desapareceram as fronteiras" e que isso tem implicações: "Nós não podemos achar que somos parte da Europa para receber fundos comunitários e depois achar que somos uma ilha fechada quando se trata de proteger interesses particulares".

"Nós fazemos parte de um mercado de trabalho, que é o mercado europeu, eu diria mais, hoje em dia com o mundo globalizado fazemos parte do mercado de trabalho munida e, portanto, eles têm é que ser formados com qualidade", realçou.

Para o médico, se o curso é ministrado por uma entidade pública ou privada não relevante.

"Sinceramente, não partilho dessas preocupações porque tenho do mundo uma visão muito mais cosmopolita e não tenho essa visão de um Portugal paroquiano", declarou.

No ano letivo que agora se inicia arranca o primeiro curso de Medicina privado, na Universidade Católica.

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