Exército aberto ao uso civil da pista da antiga base aérea de São Jacinto
O Exército vai permitir a utilização civil da pista de aviação de São Jacinto, mediante contrato de gestão a celebrar com a Câmara de Aveiro, revelou o presidente da autarquia nas redes sociais.
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País Aveiro
Segundo Ribau Esteves, "há abertura do Exército ao uso civil" dessa infraestrutura, que atualmente pertence ao Regimento de Infantaria 10.
"Temos um acordo com o atual chefe de Estado-Maior do Exército e para a pista ser usada para fins civis e contamos formalizar um contrato de gestão com o Exército para nos ajudar a gerir e a dinamizar o uso civil da pista", revelou Ribau Esteves.
O presidente da Câmara de Aveiro admite que, formalizado esse contrato de gestão, o município venha a investir na reabilitação da pista.
"Contamos vir a fazer investimentos de qualificação daquela pista à medida daquilo que venha a ser possível", disse.
Segundo Ribau Esteves, a autarquia apoiará a reativação das atividades do Aeroclube de Aveiro, por forma a dinamizar essa utilização civil do aeródromo, cujo movimento deverá ser exclusivamente para aeronaves ligeiras e ultraleves.
"Precisamos de uma associação privada sem fins lucrativos para o fazer, pelo que é preciso a ajuda dos cidadãos que se têm juntado a esta causa (da abertura à sociedade civil do aeródromo de São Jacinto) para termos um novo aeroclube", incentivou.
Concretizando essa abertura do Exército e dando uma amostragem do que poderá vir a ser o uso civil, vai ocorrer no terceiro fim de semana de agosto, durante o Festival das Dunas de São Jacinto, uma exposição de aeronaves ligeiras e um evento aeronáutico, cujo programa será divulgado na próxima semana.
Esta não é a primeira vez que a pista é destinada a fins civis, já que, por acordo entre a Câmara de Aveiro e a Força Aérea, na época detentora das instalações militares de São Jacinto, foi ali criado em 1993 o Aeródromo Municipal de Aveiro, sendo instalados dois hangares.
No entanto, com a passagem do complexo militar de São Jacinto da Força Aérea para o Exército, este alegou motivos de segurança, nomeadamente o estado degradado da pista, para encerrar ao tráfego civil o aeródromo.
Em São Jacinto foi instalada em 1918 pela França uma base de hidroaviões para detetar submarinos alemães que cruzavam a costa atlântica, sendo as instalações e as aeronaves cedidas à Marinha, que ali criou a Escola de Aviação Naval Gago Coutinho.
Além de possuir, à época, "o maior hangar da Península Ibérica", foi a primeira pista em Portugal com iluminação elétrica, que passou para a Força Aérea, quando esta foi criada em 1952 e depois para o Exército, que alojou nas instalações da antiga base aérea o RI10.
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