Acusado por 62 fogos confessa três mas nega aquele que matou 75 animais

Um homem acusado por atear 62 incêndios florestais no distrito do Porto rejeitou hoje em tribunal a autoria de 59 deles, incluindo o fogo que matou 75 cães e gatos numa zona serrana de Santo Tirso.

Populares e associações salvam animais que resistiram a fogo que matou 54

© Global Imagens

Lusa
19/04/2021 16:08 ‧ 19/04/2021 por Lusa

País

Santo Tirso

O arguido é um eletricista de 29 anos, que começou a ser julgado no Tribunal de São João Novo, no Porto, sob acusação de atear incêndios nos concelhos de Valongo e Paredes entre maio e agosto de 2020, gerando as ignições com recurso a isqueiros.

O homem confessou esta segunda-feira em tribunal o seu fascínio pelo fogo, manifestando interesse em receber tratamento para vencer os ímpetos piromaníacos.

Um dos incêndios que diz ter provocado ocorreu no concelho de Valongo e os dois outros em Valongo.

Em Valongo começou também o principal dos 59 fogos atribuídos ao arguido e cuja autoria este rejeita - o que veio a alastrar ao perímetro serrano da Agrela, em Santo Tirso, atingindo dois canis ilegais. Morreram então sete dezenas e meia de animais instalados em dois abrigos ilegais e 190 foram resgatados com vida, tendo sido acolhidos por associações, particulares e canis municipais.

O homem, que um juiz de instrução criminal mandou prender preventivamente, foi detido pela Polícia Judiciária em 5 de agosto de 2020, após ter dado início a um incêndio junto ao kartódromo de Baltar, no concelho de Paredes, conforme revelou então a Polícia Judiciária.

O alegado pirómano "estava consciente dos riscos, mas isso não o impediu de prosseguir numa atividade repetida, deliberada e prolongada no tempo, que apenas se pode explicar por uma atitude de satisfação pelos danos e perigos causados", segundo acusação.

O julgamento prossegue no dia 26.

Leia Também: Incêndio num apartamento em Viseu provoca três desalojados

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