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Alterações nas carreiras dos TST não agradam a autarquias e utentes

A empresa Transportes Sul do Tejo procedeu hoje a uma alteração de horários e carreiras na Península de Setúbal, que diz corresponder a uma "optimização do serviço", mas autarquias e populações consideram tratar-se de um ataque à mobilidade".

Alterações nas carreiras dos TST não agradam a autarquias e utentes
Notícias ao Minuto

06:00 - 01/02/14 por Lusa

País Percurso

"Os TST, jogando com a inoperância, e até talvez com a cumplicidade, da Autoridade Metropolitana de Transportes, organismo onde os representantes do Governo estão em maioria, arroga-se no direito de implementar novos cortes e alterações de percursos, sem o parecer prévio dessa Autoridade, do Município de Almada e desta comissão", diz, em comunicado, a Comissão de Utentes dos TST.

A tomada de posição dos representantes dos utentes da empresa TST surge na sequência das alterações de percursos e supressão de algumas carreiras, que a empresa justifica com uma "redução de 23 milhões de passageiros nos últimos cinco anos".

"Só no ano de 2013, esta quebra cifrou-se em menos 5,3 milhões de passageiros", refere a empresa em comunicado enviado à Lusa, em que também defende a necessidade de adaptar a oferta à procura, de forma a não colocar em risco os postos de trabalho.

A empresa alega ainda que, "num total de 190 carreiras da TST, a otimização de rede teve as seguintes alterações: criação de duas novas careiras, alteração de percurso de uma carreira, supressão de quatro carreiras (duas destas asseguradas por outras carreiras), alteração de horário e percurso de 5 carreiras e ajustamento de algumas circulações de 72 carreiras".

"Acreditamos que esta otimização da rede de transportes TST vai melhorar o serviço prestado à população", acrescenta o comunicado a empresa.

Tal como a Comissão de Utentes dos TST, também a Câmara da Moita se insurgiu contra as alterações de carreiras, argumentando que está em causa "o direito à mobilidade da população do concelho da Moita".

"A empresa TST, alegando uma "reorganização da rede e ajustamentos de horários, carreiras e percursos, vai, a partir do dia 1 de fevereiro, eliminar duas carreiras (303 e 327) e diminuir a frequência e reduzir o percurso de uma outra (333)", refere a moção aprovada por unanimidade pelo executivo camarário.

A Direcção Regional de Setúbal do PCP (DORS) também faz duras críticas às alterações introduzidas pela empresa TST, argumentando que "esta nova redução na oferta atinge mais de 90 carreiras da rede da TST" e que "terá como consequência uma ainda maior dificuldade de deslocação das populações da península de Setúbal".

O PCP salienta ainda que a empresa TST decidiu avançar para "mais um brutal corte na oferta de transporte público na região de Setúbal a coberto de uma reorganização da rede e ajustamentos de horários, carreiras e percursos", não obstante receber "milhões de euros de indemnizações compensatórias para a prestação do serviço público de transportes".

Os comunistas de Setúbal referem ainda que a empresa TST decidiu avançar com as alterações de carreiras antes de terminar o prazo dado pela Autoridade Metropolitana de Transportes para os pareceres, e posterior ponderação, por parte das câmaras municipais da região de Setúbal.

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