Cardoso e Cunha: Moedas lamenta perda de "um grande senhor"
O ex-comissário europeu Carlos Moedas lamentou hoje a morte de Cardoso e Cunha, salientando ter sido o primeiro português que se "sentou à mesa das grandes decisões europeias".
© Reuters
País Cardoso e Cunha
"Hoje morreu o primeiro Comissário Europeu português António Cardoso e Cunha. Foi o primeiro português que [se] sentou à mesa das grandes decisões europeias", escreveu Carlos Moedas na sua conta no Twitter.
"Um grande senhor que não esqueceremos. Envio um grande abraço a toda a sua família e amigos", acrescentou o social-democrata, que tutelou a pasta da Investigação, Ciência e Inovação na comissão presidida por Jean-Claude Juncker (2014-2019).
António Cardoso e Cunha morreu no domingo com 87 anos, disse hoje à agência Lusa um seu antigo assessor e uma fonte do PSD.
Engenheiro químico de formação e militante do PSD, Cardoso e Cunha foi deputado, ministro da Agricultura e Pescas de Governos da AD e, após a adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), foi nomeado comissário europeu, cargo que ocupou até 1993, integrando as duas comissões presididas por Jacques Delors.
A sua morte foi já lamentada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pelo ex-Presidente Aníbal Cavaco Silva, que o designou para a Comissão, e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.
A nível europeu, Cardoso e Cunha mereceu notas de pesar da atual comissária portuguesa, Elisa Ferreira, que destacou que "ficará para sempre associado à participação portuguesa na UE", e da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que salientou que "o seu nome ficará sempre associado à participação de Portugal na construção europeia".
João Vale de Almeida, atual embaixador da União Europeia no Reino Unido, juntou-se igualmente às manifestações de pesar, escrevendo, no Twitter, ter tido "a honra de ser o porta-voz" de Cardoso e Cunha e recordando "o seu contributo para o projeto europeu como primeiro Comissário de nacionalidade Portuguesa".
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