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Público retirado das galerias da Assembleia Municipal de Lisboa

A presidente da Assembleia Municipal (AM) de Lisboa, Helena Roseta, mandou evacuar as galerias da sala, depois de os mais de 200 trabalhadores do município que assistiam à reunião estarem com constantes manifestações de desagrado.

Público retirado das galerias da Assembleia Municipal de Lisboa
Notícias ao Minuto

17:43 - 21/01/14 por Lusa

País Protestos

Um dos trabalhadores foi retirado à força pela polícia, depois de se ter recusado a sair, alegando que tinha autorização para ficar.

"Senhora presidente, eu posso ficar porque intervim na reunião", gritava enquanto o tiravam da sala.

Os trabalhadores concentraram-se às 14:00 à porta do edifício que acolhe as reuniões da AM para fazerem um plenário, findo o qual entraram para assistir à reunião onde está a ser debatida a transferência de recursos humanos da câmara para as juntas de freguesia.

As galerias, com capacidade para 223 pessoas, estavam cheias e alguns trabalhadores tiveram de ficar noutra sala por já não terem lugar.

No início da reunião, a presidente pediu ao público "compreensão" e "para não se manifestarem", pedido que repetiu continuamente ao longo das primeiras duas horas de reunião.

Contudo, os trabalhadores não se privaram de apupar ou aplaudir as intervenções que foram ocorrendo.

Depois de terem apupado o presidente da junta de freguesia de Santa Maria Maior, Miguel Coelho (PS), Helena Roseta decidiu retirá-los da sala.

"A decisão que tomei é da minha exclusiva responsabilidade. Não foi uma decisão que gostasse de ter tomado. Apelei para não interromperem e que não se pronunciassem", disse a presidente quando os trabalhos foram retomados.

Enquanto saiam, os trabalhadores foram gritando palavras e frases como "fascistas", "parabéns CML pelos 'outsourcings' que vão dar", "o contrato que assinei com a CML não vale de nada, é para rasgar" e "palhaços".

A Câmara de Lisboa prepara-se para concluir o processo de reforma administrativa da cidade, que inclui a transferência de competências, como a varredura de ruas, e de 1.800 funcionários para as juntas de freguesia.

A transferência dos funcionários tem sido muito contestada e levou já à realização de uma greve dos cantoneiros, que provocou a acumulação de lixo nas ruas de Lisboa durante vários dias.

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