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Julgamento de portugueses suspeitos de ligação ao Estado Islâmico adiado

O início do julgamento dos portugueses ligados ao grupo extremista Estado Islâmico foi adiado para de 15 setembro, uma vez que decorre ainda o prazo para o arguido Cassimo Turé apresentar a contestação à acusação.

Julgamento de portugueses suspeitos de ligação ao Estado Islâmico adiado
Notícias ao Minuto

11:39 - 08/09/20 por Notícias Ao Minuto com Lusa

País Julgamento

Cassim Turé, que reside em Londres, e que se encontra com Termo de Identidade em Residência na capital londrina, foi o único arguido a estar hoje presente no Tribunal Criminal de Lisboa, juntamente com o principal arguido, Rómulo Costa, que está em prisão preventiva em Portugal desde 2019.

coletivo de juízes entendeu que não poderia dar início à sessão do julgamento, uma vez que decorre ainda o prazo da contestação à acusação de Cassimo Turé e caso o fizesse isso constituía uma irregularidade, ao abrigo do Código do Processo Penal.

Além disso, a atual advogada de Cassimo TuréAnabela Figueiredo, não prescindiu desse prazo, o que levou o tribunal coletivo a decidir o adiamento da sessão para a manhã do dia 15 de setembro.

Outro fator que pesou na decisão de adiar o julgamento está no facto de o arguido Cassimo Turé ter dito que pretendia depor ao longo do julgamento, mas que iria constituir um novo advogado a breve trecho.

Na curta sessão de hoje, o tribunal decidiu ainda separar os processos dos restantes arguidos que se encontram em parte incerta ou em países terceiros e impossibilitados de estarem presentes.

O julgamento dos oito portugueses suspeitos de pertencerem à organização terrorista Estado Islâmico (EI) estava marcado para hoje no Tribunal Criminal de Lisboa, mas só um deles, Rómulo Costa, se encontra, desde junho de 2019, preso em Portugal.

Em causa estão os crimes de recrutamento, adesão e apoio à organização terrorista Estado Islâmico (EI) e financiamento ao terrorismo.

O processo agora em julgamento resultou de uma investigação resultante da cooperação judiciária entre as autoridades portuguesas e britânicas, sendo que o arguido Rómulo Costa nega as acusações de terrorismo, admitindo apenas que falou com os irmãos/guerrilheiros por telefone para apurar se estavam bem e saber informações sobre outros familiares a viver em campos de refugiados, argumentos que não convenceram o juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), que mandou o caso para julgamento.

Esta terça-feira, o advogado de Rómulo Costa revelava que o seu cliente falaria em tribunal, para esclarecer os factos, e disse esperar uma absolvição.

Lopes Guerreiro referiu que o arguido vai sentar-se no banco de réus com "muita angústia e expectativa", pretendendo esclarecer todos os factos de uma acusação que classificou de frágil.

O advogado admitiu que é prejudicial ao seu constituinte que o julgamento se faça apenas na presença de Rómulo Costa e de Sadjo Turé, uma vez que se desconhece o paradeiro dos restantes arguidos que poderiam ajudar a esclarecer o factos que lhe são imputados.

A acusação entende que todos os arguidos uniram esforços, recrutaram e financiaram de modo próprio o EI, apoiando a ida de cidadãos portugueses e britânicos para a Síria para combaterem ao lado dos jihadistas.

Segundo o Ministério Público, durante os seis anos da investigação (iniciada em 2013) "foi possível descrever e reconstruir, do ponto de vista criminal, mas também histórico e sociológico, a radicalização organizada desse grupo de cidadãos portugueses e a sua deslocalização para a Síria, com as suas mulheres e filhos, para integrarem as fileiras do Ei e cumprirem a "jihad" (guerra santa)".

Além de Rómulo Costa, são arguidos Nero Saraiva, Sadjo Turé, Edgar da Costa, Cleso da Costa, Fábio Poças e Sandro Marques (todos eles em paradeiro desconhecido) e Cassimo Turé (que está no Reino Unido).

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