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Tribunal adia acórdão de mulher acusada de matar filho à nascença

O tribunal de Vagos adiou hoje a leitura do acórdão do processo de uma professora acusada de ter matado um bebé que acabara de dar à luz, ao comunicar à defesa várias alterações não substanciais dos factos da acusação.

Tribunal adia acórdão de mulher acusada de matar filho à nascença
Notícias ao Minuto

17:11 - 07/01/14 por Lusa

País Vagos

"Tendo em conta a prova produzida em audiência de julgamento, verificou-se a possibilidade de virem a ser dados como provados alguns factos que não constavam da acusação", explicou o juiz-presidente durante a audiência de julgamento, que decorreu hoje.

O tribunal concedeu um prazo de cinco dias para a defesa se pronunciar quanto a estas alterações, tendo ficado marcado para 22 de janeiro a leitura do acórdão.

Nas alegações finais, o Ministério Público (MP) pediu uma pena não inferior a 16 anos de cadeia, enquanto a defesa pediu a absolvição da arguida, classificando a acusação como "algo fantasiosa".

Durante o julgamento, a arguida negou ter matado o seu filho, afirmando que quando pegou no bebé, pela primeira vez, aquele "já não se mexia e não respirava".

A mulher, que disse não ter pedido ajuda a ninguém, porque se sentia "frustrada e embaraçada" com a situação, explicou ainda que colocou o recém-nascido na sua carteira e levou-o para a bagageira do carro porque "queria levar o bebé para casa para passar mais algum tempo com ele".

"Não tem lógica aquilo que fiz, mas na altura foi o que me passou pela cabeça", declarou a mulher, afirmando que esta gravidez "não foi planeada mas era desejada".

A mulher, casada, com dois filhos de quatro e nove anos, está acusada de um crime de homicídio qualificado e outro de profanação de cadáver.

O caso remonta a 11 de maio de 2011, quando a mulher, de 42 anos, entrou em trabalho de parto, na casa de banho da escola onde lecionava, no concelho de Vagos.

Segundo a acusação, a mulher deu à luz "um feto de idade gestacional superior a 37 semanas, sem quaisquer malformações orgânicas ou disfuncionais". Depois de cortar o cordão umbilical do recém-nascido, a arguida colocou-o dentro de dois sacos de plástico, na bagageira do carro, onde permaneceu dois dias e acabou por morrer asfixiado, acrescenta o MP.

O cadáver do menino só veio a ser descoberto por mero acaso, dois dias mais tarde, pela namorada do irmão da arguida, que tinha ido à garagem da residência buscar umas cadeiras de transporte de criança.

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