Mulheres obrigadas a abortar... por terem Sida
Os portadores de VIH/Sida continuam a ser alvo de discriminação em Portugal. Centros de saúde, empregos, escolas e até a própria família continuam a rejeitar os portadores desta doença, revela o Público. Cinco mulheres garantem que foram coagidas a abortar, pelos seus técnicos de saúde.
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País Discriminação
De acordo com um estudo da Stigma Index Portugal, que pretende avaliar o estigma que persiste relativamente a pessoas portadoras do vírus, e que foi realizado a 1.062 pessoas, a discriminação continua a ser frequente, embora já convivamos com esta doença há três décadas.
No âmbito da saúde, cinco mulheres disseram terem sido coagidas, por técnicos de saúde, a interromper a gravidez; 45 foram pressionadas a fazer esterilização e 84 garantiram que lhe aconselharam a não ter filhos.
“Esta situação é muito grave porque os profissionais de saúde têm a obrigação de estar mais informados”, refere o director do Centro Antidiscriminação Pedro Silvério Marques ao Público, ao mesmo tempo que recorda que o risco de transmissão do vírus, em caso de gravidez, é praticamente nulo.
No local de trabalho as queixas são mais frequentes. A maioria dos inquiridos revelou estar em situação de desemprego devido à doença e outros afirmaram que lhes foram alteradas as funções no trabalho pelo mesmo motivo.
No caso das escolas, continua a haver estabelecimentos de ensinam que recusam acolher portadores da doença como alunos, bem como os seus filhos, embora a Associação Nacional de Directores de Agrupamentoe Escolas Públicas já tenha vindo a público negar estas afirmações, esta quarta-feira.
Adicionalmente, há aqueles que se vêem a ser rejeitados pelo própria família, que se recusa a sentar à mesa com infectados, mesmo que sejam seus parentes.
Apesar da discriminação de que são alvo, os inquiridos revelaram que nunca se queixaram, pois não acreditam no sistema e não se querem expor mais.
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