Qualidade e segurança justificam aumento das exportações agroalimentares
A ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, esclareceu hoje que a "alta qualidade" dos produtos portugueses e os "elevados padrões de segurança alimentar" justificam os bons resultados das exportações do setor agroalimentar.
© Global Imagens
País Agricultura
"Esta qualidade e a garantia de segurança alimentar é reconhecida por países terceiros, nomeadamente por aqueles que são mais exigentes nestes padrões, como acontece com o mercado asiático", sublinhou a ministra da Agricultura, num esclarecimento à agência Lusa.
Hoje, à margem de uma visita às empresas portuguesas na Fruit Logistica, em Berlim, Maria do Céu Albuquerque tinha afirmado que o coronavírus "até pode ter consequências bastante positivas" para as exportações portuguesas do setor agroalimentar, ressalvando não ter dados para fazer uma avaliação.
Entretanto, a ministra da Agricultura lamentou a interpretação feita das suas palavras, sublinhando o sentimento de "preocupação e solidariedade" com este problema, acrescentando que Portugal está "atento e totalmente disponível" para "cooperar na solução".
Questionada pela agência lusa sobre as consequências do novo vírus, com epicentro na China, para as exportações portuguesas, a governante reafirmou não ter dados para fazer uma análise.
"Portugal e o resto dos países que estão em condições de o fazer estão a apresentar-se no sentido de garantir o abastecimento, mesmo numa situação de crise", adiantou.
"A Ásia tem, até 2050, uma estimativa de consumo em mais de 50%, inevitavelmente temos todos de nos preparar para fazer face a isto mesmo, a corresponder a uma produção em quantidade e qualidade que garanta a segurança alimentar", frisou Maria do Céu Albuquerque.
O Governo anunciou em 09 de janeiro que mais cinco empresas nacionais podem exportar carne de porco para a China, juntando-se, assim, aos quatro operadores que já tinham recebido 'luz verde'. A ministra da Agricultura considera prematura qualquer ligação entre o novo vírus e o aumento das exportações neste setor.
"Não me parece que tenhamos dados, a esta altura, para fazer uma avaliação dessas. Estes resultados decorrem da peste suína africana, que infelizmente é também um problema de saúde pública, que está a afetar aquele território, e que leva a que já tenhamos nove empresas que podem fazer esse reforço daquele mercado, que é grande, e precisa de ser abastecido", acrescentou.
Na Fruit Logistica participam 32 empresas portuguesas, a feira começou hoje e termina na sexta-feira.
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