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30 mil quartos disponíveis para alojamento turístico no Eixo do Atlântico

A oferta de quartos em Vivendas de Uso Turístico e Alojamento Local, nos municípios do Norte de Portugal e da Galiza reunidos no Eixo Atlântico vai superar as 30 mil unidades até ao final de 2019, foi hoje anunciado.

30 mil quartos disponíveis para alojamento turístico no Eixo do Atlântico
Notícias ao Minuto

14:45 - 22/11/19 por Lusa

País Turismo

Segundo o estudo "Impacto do Turismo na Morfologia Urbana dos Municípios do Eixo Atlântico", que foi hoje apresentado em Matosinhos, distrito do Porto, "espera-se que até ao final do ano de 2019, a oferta de alojamento turístico VUT [Vivendas de Uso Turístico]/AL [Alojamento Local] do sistema urbano no Eixo Atlântico supere as 30 mil unidades (quartos)",

O Porto, cidade no Norte de Portugal, e Santiago de Compostela, na região da Galiza, no Norte de Espanha, são os dois "polos de concentração da oferta de VUT/AL, tal como o são no que respeita à oferta hoteleira tradicional", pelo facto de serem ambas "cidades património da UNESCO", bem como pelo facto de terem mais "acessibilidade" e serem o "centro de decisão política", "concentração de serviços" e "recursos turísticos".

O "fenómeno das VUT/AL tem vindo a significar um incremento exponencial do número de camas turísticas oferecidas pelas cidades da eurorregião, incremento este que se intensifica de ano para ano", alerta o estudo do Eixo Atlântico, que cita dados das entidades oficiais e das plataformas de comercialização daquela tipologia de alojamento turístico.

O estudo revela ainda que, no caso das cidades portuguesas, o aumento de VUT/AL significa uma acentuação da "tendência de superar a oferta de quartos disponibilizados pela hotelaria tradicional.

Uma outra conclusão indica que na cidade do Porto, ao contrário das restantes cidades do Eixo Atlântico, regista-se "um maior impacto na morfologia urbana como na própria qualidade de vida dos residentes", devido aos fenómenos turístico e do AL e, por isso, são necessárias "mais políticas de intervenção", dirigidas à mitigação" e "controlo de impacto", do que dirigidas à "potenciação/prevenção".

O estudo sobre o impacto do turismo na morfologia urbana do Eixo Atlântico alerta ainda que o Norte de Portugal e a Galiza estão a "perder população" e que nas zonas rurais a "população está a envelhecer", recomendando que se devem fomentar "intercâmbios de informação", "regulamentos" e "soluções relacionadas com o tema" entre os diferentes responsáveis municipais dos membros do Eixo, até porque os fenómenos da interioridade tornam uma "grande parte do território da eurorregião [em] áreas de baixa atratividade turística" e cuja oferta de alojamento é distorcida pela época alta (verão).

Para o vice-presidente da Câmara de Matosinhos, Fernando Rocha, este novo estudo tem a "grande virtude" de ser uma antecipação de eventuais "possíveis problemas" e uma forma de combater os erros que os outros já cometeram, designadamente em Veneza (Itália), Barcelona (Espanha) ou Berlim (Alemanha).

Este estudo pretende ser preventivo para que não "matemos a galinha de ovos de ouro" e vem mostrar, por exemplo, que o "turismo pode destruir cidades", como está a acontecer em Lisboa com Alfama ou na zona do Castelo, enumerou, referindo que os moradores locais são "expulsos" e "há um aumento do custo da habitação".

"Estamos a tempo de tomarmos as medidas" e poder "atacar estes problemas", considerou.

O Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular é uma entidade sem fins lucrativos, composta por 35 entidade associadas, que se dedica a apoiar todas aquelas iniciativas que fomentem a cooperação transfronteiriça, lê-se na páfina oficial eda Internet daquela estrutura.

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